Setor de serviços cresce 1,4% no mês de fevereiro em Sergipe

Em fevereiro de 2021, o setor de serviços em Sergipe apresentou um crescimento de 1,4% frente a janeiro (quando registrou um recuo de -0,9%) na série com ajuste sazonal. É o que mostra a Pesquisa Mensal de Serviços publicada nesta quinta-feira (15) pelo IBGE. Apesar deste crescimento, em comparação com o mesmo mês do ano anterior (fevereiro de 2020) houve uma retração de 8,8% no volume de vendas e de 6,6% na receita nominal.

No acumulado dos dois primeiros meses de 2021, frente aos dois primeiros meses de 2020, as perdas chegaram a 9,9%. Apesar do resultado negativo, esse é o melhor resultado desde maio de 2020 para esse índice.

No acumulado dos últimos 12 meses, todavia, as perdas ainda se intensificam, chegando a 16,2% na comparação com o acumulado de março de 2019 a fevereiro de 2020. O último resultado positivo para esse índice ocorreu em março do ano passado. Ou seja, este primeiro aumento registrado no ano ainda não foi o suficiente para recuperar as perdas em 2020.

Vale ressaltar que Sergipe fechou 2020 com queda de 14,3% no setor dos serviços e que em 2020 ocorreram muitas instabilidades nos índices. Por exemplo, em abril, seu recuo foi de -14,7% (o maior registrado no ano e o pior índice da série histórica). Somente a partir de julho de 2020, o setor de Serviços começou a se recuperar (3,1%), sendo que o resultado atingido em dezembro foi 6º consecutivo com dados positivos, mesmo não sendo um crescimento constante (por conta de oscilações). Em janeiro, esta variação voltou a cair (-0,9%) após seis meses com dados relativamente positivos e em fevereiro de 2021, voltou a registrar um crescimento (1,4%).

No Brasil, que registrou um avanço de 3,7% no volume de serviços, houve destaques positivos nas cinco atividades investigadas, com destaque para a atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%), que acumulou ganho de 8,7% no ano, superando em 2,8% o nível de fevereiro de 2020. Os serviços profissionais, administrativos e complementares (3,3%) e os serviços prestados às famílias (8,8%) encurtaram o distanciamento frente ao período pré-pandemia, com -2,0% e -23,7%, respetivamente. Outros serviços (4,7%) e informação e comunicação (0,1%) se encontram 1,0% e 2,6% acima do nível de fevereiro de 2020.

Serviços cresceram em 18 das 27 Unidades da Federação

Regionalmente, 18 das 27 Unidades da Federação tiveram expansão no volume de serviços em fevereiro de 2021, ante o mês imediatamente anterior. As expansões mais relevantes vieram de São Paulo (4,3%), Minas Gerais (3,5%), Mato Grosso (14,8%) e Santa Catarina (3,9%). Já o Distrito Federal (-5,1%) teve a principal retração.

Frente a fevereiro de 2020, 17 das 27 Unidades da Federação tiveram taxas negativas. As principais influências negativas vieram do Rio de Janeiro (-5,3%), Bahia (-14,0%), Paraná (-7,1%) e Distrito Federal (-11,0%). Os resultados positivos mais relevantes vieram de Minas Gerais (6,2%), Santa Catarina (9,9%), Amazonas (10,7%) e Mato Grosso (6,3%).

Sobre a pesquisa

A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no País, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.

Há resultados para o Brasil e todas as Unidades da Federação. A técnica de coleta é o Questionário eletrônico autopreenchido (CASI) e a Entrevista pessoal com questionário em papel (PAPI). A pesquisa completa pode ser acessada aqui e os resultados podem ser consultados no Sidra.