Vacina da dengue gera resposta imune em mais de 90% das pessoas, diz estudo

 

A vacina da dengue, finalmente, parece ter deixado de ser apenas um desejo distante para combater a famosa doença tropical. Ao menos é o que indica um estudo recente, divulgado pelo Instituto Butantan sobre um possível imunizante que vem sendo desenvolvido pelo centro de pesquisa, em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID).

De acordo com as análises dos pesquisadores, a vacina da dengue foi responsável por gerar anticorpos em 100% dos voluntários que já tiveram a doença em algum momento da vida. Já entre os participantes que nunca foram infectados, a resposta imune foi superior aos 90%.

A pesquisa foi realizada com a participação de 200 pessoas adultas, que receberam duas doses da vacina da dengue ou placebo. E essa resposta imune já foi alcançada com apenas uma aplicação do imunizante. A segunda dose, no entanto, não ofereceu diferenças significativas.

Por fim, vale ressaltar que a possível vacina da dengue ainda se demonstrou segura e sem efeitos colaterais graves. Entre as principais reações observadas pelos pesquisadores, estão: dor de cabeça, fadiga, erupção cutânea e dor muscular.

Os detalhes sobre a primeira fase de testes da possível vacina da dengue foram publicados pelo periódico científico Human Vaccines & Immunotherapeutics. Já a segunda etapa, divulgada pela revista Lancet Infectious Diseases, revelou que 70% dos voluntários desenvolveram anticorpos contra os quatro subtipos do vírus da dengue com apenas uma dose.

Números da dengue no Brasil

De acordo com dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde, existe uma estimativa de que os casos de dengue no Brasil cresceram 43,9% em 2022. O motivo, provavelmente, tem relação com a redução das medidas protetivas contra a covid-19 – que auxiliavam indiretamente no combate de outras doenças – e com a chegada do período de chuvas.

A descoberta de uma possível vacina da dengue pode ter impactos extremamente positivos para a saúde da população brasileira, diminuindo a lotação de hospitais e, inclusive, salvando vidas que são perdidas anualmente para a doença.

Fontes: CNN e O Globo.