TJ não aprecia votação de agravo do Sintese e professores continuam de braços cruzados

 

O Tribunal de Justiça de Sergipe não colocou em pauta nesta quarta-feira, 10, o julgamento do agravo impetrado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), contra a ilegalidade da greve que foi deferida pelo desembargador José dos Anjos no último dia 22 de maio. 

Com isso, a votação foi adiada. Para Roberto Alves, diretor do Sintese, o desembargador optou pela não votação, alegando que o Governo do Estado terá que negociar e apresentar proposta à categoria.

“Viemos fazer um protesto em frente ao Palácio, para aguardar a votação do agravo, mas o desembargador chamou a presidente do Sintese e comunicou que a votação não aconteceria porque ele está esperando que o Estado apresente alguma proposta ao magistério, o que ainda não foi feito. Estamos em greve há mais de 20 dias, ocupamos o Palácio dos Despachos e, até o momento, o Governo não negociou com os professores. Então, a greve está mantida”, afirma.

Pautas

A categoria reivindica o repasse do reajuste de 13,1% no piso salarial do magistério, melhorias nas unidades de ensino, segurança nas escolas e decência com relação à merenda escolar. Com a greve em curso, cerca de 80% das escolas estão sem aula. 

Sobre a medida do Governo em cortar o ponto dos professores, Roberto frisa que isso acarretará o não cumprimento integral do ano letivo e, consequentemente, os estudantes da rede ficarão prejudicados.

“Ao invés de ameaçar cortar o ponto, o Governo deveria apresentar proposta aos professores para que possamos retornar às salas de aulas. Esperamos que o Estado repense e negocie com a categoria”, conclui Roberto Alves.

Foto: Lindivaldo Ribeiro/CS