Suspeito de ataque no metrô de Nova York é detido pela polícia
A polícia de Nova York prendeu nesta quarta-feira (13) Frank James, de 62 anos, suspeito do ataque dentro de uma estação de metrô na véspera, disse o prefeito da cidade, Eric Adams.
“Meus caros nova-iorquinos: nós o pegamos”, disse Adams em um pronunciamento em vídeo, já que, por ter recebido recentemente diagnóstico de Covid-19, não pode participar de eventos públicos.
A polícia abordou James a duas quadras de uma unidade do McDonald’s -uma pessoa não-identificada avisou os agentes que o suspeito estava no restaurante. Os agentes não conseguiram chegar no McDonald’s a tempo, mas fizeram uma busca no entorno e encontraram o homem.
James é apontado como responsável por ter detonado duas bombas de fumaça e atirado contra passageiros em uma estação do Brooklyn. Os tiros atingiram dez pessoas, e cinco foram hospitalizadas em estado grave. Até a última atualização desta reportagem, ela permaneciam estáveis. Ao todo, pelo menos 23 pessoas ficaram feridas.
A comissária de polícia, Keechant Sewell, disse em entrevista coletiva que o suspeito foi detido após uma operação em Manhattan, uma das cinco principais regiões da cidade.
“Esperamos que essa prisão traga segurança para a população de Nova York”, disse Sewell. Ela afirmou que a prisão só foi possível porque a polícia recebeu uma denúncia anônima.
James já foi preso outras 12 vezes, 9 delas no estado de Nova York, e 3 no estado de Nova Jérsei. As investigações apontam que o agressor provavelmente agiu sozinho.
A comissária disse que o ataque começou quando o trem estava prestes a chegar à estação. O atirador tirou duas latas de sua bolsa e as abriu, espalhando fumaça por todo o vagão.
A polícia disse ainda que o homem disparou 33 tiros de uma pistola semiautomática, que mais tarde foi recuperada junto com três carregadores de munição, um pequeno machado, alguns fogos de artifício e um recipiente de gasolina.
Os investigadores encontraram uma série de postagens nas redes sociais ligadas a um indivíduo chamado Frank James, que mencionou os sem-teto e o prefeito de Nova York, disse Sewell. No entanto, ainda não sabe o que motivou o ataque.
Mais cedo, a comissária havia antecipado que o ataque não estava sendo tratado imediatamente como um ato de terrorismo.
Como o suspeito foi identificado
Investigadores o identificaram após encontrar a chave de uma van, alugada por ele, no local do tiroteio, junto com uma sacola com fogos de artifício, bomba de gás e uma arma.
Imagens de câmeras de segurança mostraram James deixando a estação. A foto foi compartilhada pelas autoridades americanas.
Uma gravação divulgada pela emissora WNBC mostra o momento em que James entra em uma estação de metrô, usando colete laranja e máscara, minutos antes do ataque.
Crime pode levar à prisão perpétua
Já o procurador do Brooklyn, Breon Peace, afirmou em entrevista coletiva que o suspeito do tiroteio no metrô será acusado em um tribunal federal.
James deverá enfrentar várias acusações, incluindo o uso de uma arma para causar a morte e por ter provocado ferimentos graves em passageiros e funcionários do sistema de metrô de Nova York.
Peace citou um artigo da lei americana para justificar a acusação contra James. No artigo citado, são condenáveis os ataques terroristas ou outros ataques violentos dentro de transportes em massa.
Não ficou claro se o suspeito seria acusado por terrorismo, uma vez que a polícia americana descartou a hipótese desse tipo de crime durante as investigações.
De acordo com Peace, se condenado, James poderá enfrentar uma sentença que pode levar à prisão perpétua.
Como foi o ataque
O ataque ocorreu nesta terça-feira (12), quando um trem do metrô com destino a Manhattan estava parando em uma estação em Sunset Park, no Brooklyn.
A polícia disse que, além dos dez baleados, outras 13 pessoas inalaram fumaça ou ficaram feridas no caos, já que passageiros em pânico firam do vagão de metrô. Segundo a polícia, todas devem conseguir sobreviver aos ferimentos.
O incidente, no entanto, pode ter deixado um número maior de feridos. Com base em consultas a hospitais da região, o jornal “The Washington Post” e a rede americana CNN reportaram ao menos 29 pessoas que foram atendidas.
Fonte: G1