Super bactéria é encontrada em pacientes do Hospital João Alves
A descoberta de uma super bactéria no maior hospital público de Sergipe, o Hospital Governador João Alves Filho, deixa população em alerta. A bactéria klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (bactéria KPC) começou a ser investigada no mês passado. Segundo a superintendência do HGJAF, o principal hospital do estado tem três pessoas infectadas e duas colonizadas (portadoras dessa super bactéria). Uma Unidade de Terapia Intensiva foi completamente isolada para o tratamento dessas pessoas. Também houve remanejamento dos demais pacientes.
Para o coordenador das UTIs, Luiz Flavio Prado, estima-se um prazo de 60 dias para que tudo seja normalizado. Conforme ele, no final de maio fizemos exames em um dos pacientes e se confirmou a bactéria. Trata-se de uma bactéria que a gente tem na nossa flora intestinal e cresce em ambientes onde se usa muito antibiótico como a UTI, que um ambiente propício”, revela Prado, lembrando ainda que “já tivemos uma situação semelhante há três anos”.
Tratamentos
Os pacientes infectados estão sendo monitorados e tomam medicamento para combater a doença. “Os antibióticos que matam essa bactéria nós temos disponível que é a Amicacina. O tratamento dos infectados segue a mesma rotina, de 10 a 14 dias com antibiótico. O que a gente está fazendo é tentar deixar todos no mesmo lugar, identificar quem já tem a bactéria na pele ou já foi infectado”, diz Luiz Prado.
A cada 48 horas está se fazendo o exame de hemocultura de todos os pacientes infectados que estão dentro da UTI com o intuito de monitorar a situação de cada um.
Esquema emergencial
Um esquema foi adotado para receber os novos pacientes que precisam da UTI. Os infectados estão sendo monitorados e tratados. “Nós fechamos a UTI 2 para receber esses novos pacientes. Até no máximo a próxima terça-feira, 9, vamos criar uma UTI emergencial de leitos críticos. O objetivo é abrir mais 15 leitos de UTI para pacientes que cheguem da ala Vermelha ou centro cirúrgico”, informa a superintendente do Hospital Governador João Alves Filho, Lícia Diniz.
Sem risco
A super bactéria não oferece risco para quem não está doente. É o que afirma o coordenador da UTIs, Luiz Flavio Prado. “Esse tipo de bactéria não oferece risco a quem não está doente. É preciso tranquilizar a população e os familiares dos pacientes. Essa bactéria passa de um paciente para outro pelo ar ou respiração. É uma bactéria que prejudica a quem está doente porque está debilitado”.
Atual situação
Atualmente são 30 pacientes na vermelha, cinco graves na sala de recuperação pós-anestésica e quatro graves nas enfermarias. No total, esses 39 pacientes precisam entrar na UTI e como ela vai estar fechada, a superintendente do HGJAF garante que estão providenciando leitos críticos de forma emergencial.
Visitação
Apenas 15 minutos. Esse é o tempo cedido para a visitação dos pacientes, que ficará restrita a somente dois. Eles devem permanecer dentro da unidade devidamente equipado. Conforme informações da superintendente, Lícia Diniz, “álcool gel para os profissionais da área de saúde será disponibilizados. Eles vão estar sendo orientados para lavar as mãos e para o uso correto de Equipamento de Proteção Individual (EPI)”, reforça.
Foto: Ascom/Huse