Sintrase vai entrar na Justiça contra Plano de Desligamento Incentivado, criado pelo Governo

Da redação AJN1

 

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Sergipe (Sintrase) repudiou categoricamente o Plano de Desligamento Incentivado (PDI), criado pelo Governo do Estado, e vai entrar na Justiça para exigir que os empregados da Emsetur e Pronese, já demitidos, tenham direito à bonificação, com pedidos de equiparação dos direitos.

 

O sindicato também vai entrar com ação de dano moral pelos servidores que foram desligados e não tiveram direito ao bônus.  O PDI foi anunciado semana passada pelo Governo do Estado. O programa atinge funcionários que queiram pedir rescisão de contrato e receber um bônus de 10% sobre o valor que seria pago como indenização caso a dispensa seja solicitada. 

 

O período de vinculação ao programa é de 19 de outubro a 20 de novembro e podem participar trabalhadores da Companhia Estadual de Obras Públicas (Cehop), Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur), Empresa de Desenvolvimento Sustentável de Sergipe (Pronese) e Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

 

“O PDI é uma política nociva e neoliberal, que traduz mais uma ação irresponsável do governo estadual em relação ao tratamento ofertado a seus servidores. Com esse posicionamento, o governo induz o trabalhador a não observar qualquer outra opção a não ser solicitar a sua saída da empresa, mesmo sendo, por muitas vezes, a seu contragosto. O Sintrase considera este Plano uma estratégia desrespeitosa com o servidor e enxerga este processo como uma forma velada de causar, posteriormente, danos ao funcionalismo público, com contratação de trabalhadores terceirizados, oferta de baixos salários, cortes de benefícios e, de acordo com o contexto atual, grande probabilidade de extinção das empresas públicas”, disse o presidente do sindicato, Diego Araújo.

 

Diego chamou a atitude do Governo de “arbitrária”. "De fato, não causa estranheza ao servidor, pois é possível observar, ao longo dos anos, um governo estadual que não prioriza seu quadro funcional, quando também ignora pais e mães de família que recebem menos de um salário mínimo”.