Sindifisco repudia parcelamento de salários dos servidores aposentados

Os auditores e auditoras fiscais de tributos, em assembleia extraordinária, na tarde desta terça-feira (9), manifestaram repúdio ao anúncio de novo atraso da folha de pagamento e o parcelamento de salários
de aposentados da Administração Estadual. O governo estadual divulgou, em nota oficial, que os aposentados e pensionistas cujos vencimentos são acima de R$ 2.500 receberão até esse valor no sábado (13), e o restante
devido em data ainda a ser divulgada.

O presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza, critiza a postura do governo. “Dessa forma, o governo estadual insiste em não cumprir com a decisão do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TC/SE). O Colegiado do TC/SE
determinou que o pagamento dos auditores fiscais – e de outras categorias que recorreram com ações similares_ deva ser realizado no mês trabalhado. E o pior, para além de atrasar os salários dos servidores ativos, o
estado ainda de forma perversa volta a parcelar os proventos dos aposentados e pensionistas”, diz.

Greve

Caso o governo estadual deixe de fazer o pagamento de janeiro, no mês trabalhado, a assembleia do Sindifisco aprovou por unanimidade indicativo de greve na Secretaria da Fazenda (Sefaz), a ser deliberado no dia 31
deste mês. “A nossa categoria volta a cobrar do governo estadual uma política eficaz de incremento da arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Muito embora a arrecadação
dos tributos estaduais tenha crescido no exercício de 2017, em relação a 2016, ela poderia ter aumentado muito mais, caso o governo adotasse medidas que priorizasse o incremento da arrecadação. Potencializando essa
arrecadação, a administração poderá honrar o calendário de pagamento dos salários do funcionalismo, bem como melhorar a prestação dos serviços públicos estaduais”, defende o presidente do Sindifisco.

Reforma da Previdência

Durante os informes, o diretor de Relações Intersindicais, Ivan Oliveira repassou informações relativas a agenda de luta em todo o Brasil contra a votação da Reforma da Previdência organizada unitariamente pelas centrais
sindicais (CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, UGT, CGTB, CSP-Conlutas e Intersindical). No início do mês, dia 8, em nota conjunta, as centrais reafirmaram a posição unitária contra a proposta do governo e
convocaram os sindicatos e o povo à mobilização total para derrotá-la. Da jornada de lutas contra o desmonte da Previdência e em defesa dos direitos estão: pressão sobre os deputados em atividades públicas,
aeroportos e no congresso nacional.