Sindicatos exigem que Governo reabra mesa de negociação

 

 

 

Representantes de 12 sindicatos e entidades de classe protocolaram nesta quinta-feira (2), no Palácio de Despachos um ofício intersindical solicitando ao Governo do Estado a abertura imediata da mesa de negociações e a concessão do reajuste linear de 2015. A princípio, os sindicalistas foram barrados pela segurança do Palácio, mas depois puderam entrar e fazer o procedimento.

“Além desses objetivos imediatos, queremos discutir outros pontos com a mesa de negociação que é a reposição salarial de 2013, ano que nenhuma categoria teve reajuste linear, tratar também da perda de 2014 quando só tivemos reajuste no mês de junho e tivemos essa perda acumulada nos seis primeiros meses, que no total já chega a quase 20% de perda esse acumulo”, afirma Paulo Márcio, presidente da Associação dos Delegados de Sergipe (Adepol).

Paulo confirmou a situação dos representantes serem barrados na porta do Palácio de Despachos. “Infelizmente quando chegamos não fomos autorizados a entrar conjuntamente para protocolar ofício. A segurança do Palácio feita pelo gabinete militar, mas depois cederam e fizemos a entrega do protocolo. Pelo que entendi, o segurança estava receoso temendo que acontecesse ocupação do Palácio ou alguma manifestação como ocorreu dias atrás”, diz.

Sobre a situação apresentada constantemente pelo Governo do Estado a respeito da Lei de Responsabilidade Fiscal, o presidente da Adepol diz que não falta dinheiro no Estado e que a metodologia aplicada pela Secretaria de Estado da Fazenda não é a correta.

“O Governo do Estado de Sergipe, posso dizer com toda tranquilidade com conhecimento dos números, tem condições suficientes para conceder reajuste linear para todos os servidores. Ele pode até estar, de acordo com a metodologia adotada pela Sefaz, num ponto meio acima do limite prudencial, mas de acordo com estudos feitos por colegas, o governo está adotando metodologia incorreta”, assegura Paulo.

“O Governo está colocando alguns valores que não deveriam ser colocados na despesa de pessoal. Se ele utilizasse a metodologia adequada de acordo com o que a legislação determina, o limite cairia para 42%, ou seja, quatro pontos abaixo do que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal. Dinheiro há, o problema é a metodologia. Com essa metodologia o Governo nunca atenderá os pleitos dos servidores”, conclui.

O responsável pela segurança no Palácio de Despachos, coronel Eduardo Henrique Santos, informou à imprensa que a recomendação foi que os sindicalistas não entrassem todos juntos. “Pedimos apenas que não subissem até o protocolo todos os representantes, e sim, fossem individualmente, até porque não há necessidade de todos para fazer o registro, mas o Palácio continua aberto a toda a população, o que não podemos permitir que é situações dificulte o funcionamento”, explica. 

 

Foto: Lindivaldo Ribeiro/CS