Servidores federais cobram reajuste salarial e melhores condições de trabalho

Da redação, AJN1

 

Os servidores federais de Sergipe realizaram na manhã desta segunda-feira (31), na Praça Fausto Cardoso, no Centro da capital, mais um manifesto para evidenciar a ausência de diálogo por parte do Governo Federal.

Com cartazes e faixas nas mãos, técnicos administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), parados há 90 dias, e os professores e técnicos do Instituto Federal de Sergipe (IFS), de braços cruzados há 51 dias, cobram do governo Dilma o reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

O representante da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (ADUFS-SSIND), Benedito Libório disse que o Executivo Federam havia apresentado uma proposta de reajuste salarial de 21,3% para ser pago em quatro anos, enquanto a categoria pede 27,5% de aumento.

“A proposta está muito abaixo da inflação e não aceitamos o que foi apresentado. Estamos em greve há três meses e o Governo só reabriu os diálogos semana passada. Então, a greve está mantida e esperamos que o Governo se sensibilize e apresente proposta melhor e concreta”, cobrou Benedito.

Os grevistas também são contra o corte de verbas para as universidades federais do país, prática que foi anunciada pelo Governo em virtude da crise econômica.

“Esses cortes de verbas estão causando um caos nas universidades federais e estamos tentando impedir as perdas. Para se ter uma ideia, o Governo cortou em 90% as verbas para bolsas de iniciação à docência e em 75% das verbas para a pós-graduação. Além disso, por causa da falta de verbas, as obras nas universidades federais tiveram que parar. Ou seja, a invés de investir no ensino público, o Governo faz cortes e prejudica a educação. Sabemos que, infelizmente, qualquer greve causa prejuízos, mas ela se faz necessária neste momento”, afirma.

Apoio de alunos

Os alunos da UFS também apoiam a greve. “O Governo Federal está cortando as verbas que são repassadas paras as universidades federais e isso vem causando enormes prejuízos. As bolsas, por exemplo, estão sendo pagas com atraso todos os meses. O Governo precisa entender que os cortes só precarizam ainda mais a educação”, expôs Matheus Pacheco, integrante do Comando de Mobilização dos Estudantes da UFS.

 

Fotos: Lindivaldo Ribeiro/CS