Servidores fazem manifestação em frente à sede do Governo e ameaçam entrar em greve geral

Da redação, AJN1

 

Esta quarta-feira (2) amanheceu em clima de protestos. Isso porque cerca de 30 categorias se reuniram em frente ao Palácio dos Despachos, sede do Governo, para cobrar a efetivação dos acordos dos Planos de Cargos, Carreira e Vencimento (PCCVs), além da reposição inflacionária e mais transparência nas contas públicas.

O movimento foi apoiado por duas centrais sindicais: a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB)

As categorias também expressaram veementes repúdios aos parcelamentos dos salários dos servidores, que acontece pelo segundo mês consecutivo.

O recado das categorias ao governo não precisou de meias palavras: se não houver uma resposta satisfatória, por parte do Executivo, os trabalhadores estão dispostos a entrar em greve geral ainda este mês.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Fisco do Estado de Sergipe (Sindifisco-SE), Paulo Pedrosa, foi taxativo ao cobrar do Governo explicações mais convincentes sobre a crise financeira. “Foi pago parte da folha no dia 28 de agosto usando recursos dos depósitos judiciais que, por força da justiça, teve que ser devolvido. Só que ontem (terça-feira) ele pagou toda a administração direta. Gostaria de saber como ele conseguiu essa façanha, sendo que na sexta-feira ele não tinha recursos para tal? São informações e posições contraditórias”, questionou com ar de indignação.

Durante a manifestação, todos os sindicatos presentes protocolaram um documento pedindo resposta concreta ao governo até o dia 11 de setembro com ameaça de paralisação geral.

Presente ao ato, o vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed-SE), José Menezes, disse que a categoria vai solicitar uma auditoria externa nas contas do governo. “Nós já chegamos à conclusão que a incompetência do Governo não irá fazer com que esta situação mude. Só que o fisco, que arrecada, diz que o dinheiro existe. Então a credibilidade do Governo está em cheque”, disse ele.

Explicações do Governo

O secretário de Comunicação do Estado de Sergipe, José Sales Neto, voltou a afirmar que o governo está obedecendo a lei de responsabilidade fiscal, por isso fica impossibilitado de implantar o PCCV neste momento.

“O governo já fez diversas reuniões e deixou claro que esses recursos alegados pelos sindicatos não existem. O que nós temos são recursos de convênios para desenvolver outras ações e que não podem ser utilizados no pagamento de folha. Não entendemos essa insistência, pois são pontos esclarecidos por diversas vezes”, afirmou ele.

 

Fotos: Lindivaldo Ribeiro/CS