Servidores da Universidade Federal de Sergipe continuam em greve

Na manhã desta segunda-feira (21), o Sindicato dos Servidores Técnicos da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs), da Associação do Corpo Docente da UFS (Adufs) e membros do Instituto Federal de Sergipe (IFS), estiveram reunidos para externar à sociedade os problemas das universidades em todo o território nacional. 

 

Os servidores que representam as três categorias citadas acima estão em greve há mais de quatro meses. De acordo com o presidente do Sintufs, Lucas Gama, o anúncio feito pelo Governo Federal sobre a redução de verbas para as universidades vai causar grandes transtornos ao complexo acadêmico.

 

“Não é a greve dos trabalhadores da educação federal que tem inviabilizado o funcionamento desses órgãos”, expôs, o sindicalista, ao afirmar que teria recebido uma informação da reitoria da UFS a qual dizia que 50% do orçamento de capital da instituição teria sido cortado. 

 

“Com isso, a aquisição de equipamentos para laboratório, por exemplo, deverão ficar inviabilizadas. Isso também influenciará os novos Campi da UFS no interior do Estado. Houve também uma diminuição no orçamento de custeio da universidade, o que resultou na demissão de vários terceirizados e na falta de contratação de trabalhadores efetivos”, redarguiu.

 

Segundo Lucas, o Ministério da Educação cortou mais de R$16 bilhões desde o início de 2015. “Isso acabou repercutindo no funcionamento das universidades, para a manutenção e ampliação. Infelizmente, depois de todo esse tempo que estamos em greve, o Governo Federal continuou executando a subtração de recursos no Ministério da Educação e o último anúncio de cortes, que foi feito na segunda-feira, dia 14, acabou endossando isso”, denunciou ele.

 

O sindicalista listou os principais cortes feitos pelo governo: auxílio permanência, que permitia que o trabalhador continuasse atuando na universidade mesmo depois da aposentadoria, e o congelamento dos concursos públicos para o próximo ano. “O governo também anunciou que o nosso pleito, que é o de uma reposição de perdas inflacionárias deverá também sofrer corte, uma vez que a proposta do governo já está com um índice abaixo da inflação”, completou. 

 

Pauta de reivindicação

 

Os servidores têm uma ampla pauta de reivindicações: reajuste com índice de 27,3% no piso da tabela salarial, considerando as perdas de janeiro de 2011 a julho de 2016; aprimoramento da Carreira com correção das distorções; realização de concurso público para todos os cargos; construção de creches nas universidades, entre outros.

 

Foto: Lindivaldo Ribeiro/CS