Secretaria de Saúde de Aracaju apresenta dados sobre a Dengue

Na manhã desta terça-feira (11), o secretário em exercício da Secretária Municipal de Saúde, Luciano Paz, e integrantes da Diretoria de Vigilância em Saúde apresentaram os últimos dados relativos ao 4º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2015.

No levantamento foi possível diagnosticar o nível de infestação da larva do mosquito nos 42 bairros aracajuanos. Este dado possibilitará que a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através do Programa Municipal de Controle da Dengue, direcione ações específicas para cada local.

Durante a apresentação, foram pontuadas as políticas realizadas no combate ao mosquito e aberta a ocasião para que os agentes pontuem sugestões em prol de melhorar ainda mais o atual quadro da dengue na Capital.

De janeiro a julho, eram esperados cerca de 9.283 ocorrências de dengue, porém, apenas 2.709 casos notificados, sendo 1.390 confirmados para Dengue (até o momento, Aracaju não apresentou casos confirmados de Zika nem de Febre Chikungunya). “Aracaju apresenta índice de infestação 2,3, valor considerado como médio risco ou alerta para o aparecimento de surtos ou epidemias. (O nível que compreende este “médio risco” vai de 1 até 3,9)”, informou Luciano Paz.

O Secretário pediu que os Agentes de Endemias mantivessem o pique nos trabalhos, sempre alertando ao cidadão dos cuidados necessários para combater o Aedes aegypti. “Neste mais recente relatório, um bairro (Cidade Nova) apresentou alto risco de infestação do mosquito, com índice de 4,1, o que nos deixa em alerta total para ações mais incisivas tanto naquela região quanto no restante da Capital. Bahia e Alagoas apresentaram casos de epidemia de dengue, Aracaju está tranquilo, porém, não podemos baixar a guarda, é preciso manter o trabalho constantemente”, solicitou. Outros bairros que apresentaram índice acima de 3% foram: 18 do Forte (3.8), Cirurgia (3.9) e Ponto Novo (3.2), considerado de médio risco.

Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Taíse Cavalcante, em janeiro, o LIRAa foi de 1,3; em março apresentou 2,0 e em maio  1,9. “Neste último LIRAa já era previsto um aumento do índice por causa das condições climáticas, com chuvas intercaladas, que facilita a proliferação do mosquito. Contudo, a Secretaria Municipal da Saúde vem intensificando as ações de combate à Dengue para mantermos estáveis esse nível de infestação. É preciso que a população também não se descuide das ações preventivas de combate aos criadouros dos mosquitos transmissor da doença”, disse Taíse.

Segundo o último LIRAa, entre as causas principais de elevação do índice de infestação do Aedes aegypti está o armazenamento de água em locais abertos, sem os devidos cuidados por parte da população. “O armazenamento de água em lavanderias, caixas d’água e tonéis é responsável por 64,7% dos casos de infestação do mosquito. Já os depósitos domiciliares como: vasos, pratos de plantas, ralos, lajes e sanitários em desuso representam 23%. No levantamento, lixos e resíduos sólidos nos quintais das casas representam 12,2% dos locais encontrados”, frisou a Coordenadora.

Combate

Monitoramento quinzenal dos pontos estratégicos para a proliferação do Aedes aegypti com um total de 4.926 visitas realizadas, realização de 456.081 visitas domiciliares pelos agentes de endemias no controle da dengue e também realização de 14.295 visitas e trabalho em Terrenos Baldios, com o recolhimento de mais de 35 mil pneus abandonado (que serviam de criadouro para o mosquito) foram algumas das atividades em prol do combate ao Aedes aegypti. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde, Tereza Cristina Maynard, inúmeras ações são realizadas diariamente, com o apoio imprescindível dos Agentes de Combate às Endemias, além da colaboração da população.

“Fizemos grandes trabalhos comunitários que serviram de alerta à população. em fevereiro, por exemplo, tivemos o Dia “D” de combate a dengue e chikungunya, com distribuição de folder e orientação nos dois shoppings da cidade. Aplicamos o Carro Fumacê em 13 bairros de Aracaju a partir do mês de março em parceria com o Governo do Estado. Além das visitas que acontecem durante a semana, realizamos Força Tarefa, praticamente todos os sábados, em pontos especiais da Capital, com nossos agentes de endemias adentrando as residências e abordando os moradores, explicando possíveis riscos e, principalmente, eliminando os focos do mosquito encontrados nas residências. Também realizamos o primeiro curso em Tecnologia de Aplicação de Inseticidas e Segurança no Trabalho para os Agentes de Combate às Endemias. Mas tudo isso precisa ser sempre com o apoio da população, que precisa se empenhar também nessa luta”, disse Cristina.

 

Fonte: PMA