Sargento da Polícia Militar é acusado de assédio sexual

Da redação, AJN1
Um sargento da Polícia Militar está sendo acusado de assédio sexual após gravar, por meio de um aparelho celular, uma soldado no momento em que fazia suas higienes pessoais no banheiro. O caso está sendo denunciado pela Associação Integrada de Mulheres de Segurança Pública em Sergipe (Asimusep).
Segundo a presidente do Asimusep, Svetlana Barbosa da Silva, a vítima, cujo nome não foi divulgado, está assustada com a repercussão e teme represálias.
“Infelizmente aconteceu. A vítima está assustada com a repercussão, mas é lamentável que numa época dessas a gente se depare com uma situação como essa. E tantas outras acontecem e não chegam ao nosso conhecimento justamente pelo receio de represálias. Ele é um sargento e ela uma soldado. Se trata de um superior, responsável pela equipe e de ter se aproveitado desse momento íntimo, já que ela estava tomando banho”, revela.
Ainda segundo a sindicalista, a soldado está recebendo apoios jurídico e psicológico. “Ao saber do fato, a gente disponibiliza tanto a parte jurídica quanto a parte psicológica, porque ela está muito abalada e acompanhamos o desenrolar da situação. A Corporação já foi avisada e já pediram abertura de processos administrativos. Espero que essa punição dê exemplo para que outros não façam o mesmo. Infelizmente, as mulheres estão num local inseguro e não têm a equidade de direitos e precisamos quebrar esse paradigma, porque somos profissionais que merecemos respeito. Chega de passar a mão na cabeça. Não vamos deixar passar mais nenhum ato como esse”, assegura.
O assessor de Comunicação da Polícia Militar, Tenente Coronel Paulo Paiva, disse que a denúncia ainda não chegou oficialmente à Corporação. ”Se essa denúncia foi oficialmente feita, com certeza ela será rigorosamente apurada. Porque é um desvio de conduta inadmissível. Nós temos o dever de respeitar os nossos companheiros de farda, principalmente quando se trata de mulheres. Caso seja verificada a responsabilidade, será punido na forma da lei. Não recebemos nenhuma informação oficialmente”.
O nome do Sargento e o local do suposto assédio não foram divulgados.