Rotativo Aju: clima volta a esquentar no estacionamento do mercado central

A novela da reivindicação dos flanelinhas que atuam no Centro da capital ganhou na manhã de hoje mais um capítulo. Nesta sexta-feira, agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) estiveram na região dos mercados centrais para auxiliar a reposição das placas de sinalização, destruídas pelos flanelinhas esta semana, que orientavam os motoristas quanto a nova cobrança do estacionamento público do local.

 

De acordo com o diretor de trânsito da SMTT, coronel João Carlos Cruz, os agentes de trânsito bloquearam a entrada dos estacionamentos para que a Rotativo Aju, empresa que venceu a licitação para exploração do estacionamento público no Centro da capital, instalasse as novas sinalizações.

 

 “Nós bloqueamos o estacionamento para que todas as placas que foram danificadas fossem instaladas novamente, e fizemos também a orientação do trânsito no local. Alguns agentes já foram hostilizados pelos flanelinhas e por isso contamos hoje com o apoio da Guarda Municipal, que esteve conosco para garantir a execução do serviço e assegurar a integridade física dos nossos agentes e da própria população”, explica o coronel.

 

O diretor de trânsito da SMTT garante que o estacionamento ficará fechado até que a Rotativo Aju conclua a reposição de toda a sinalização e possua condição de cumprir o que está previsto na licitação.

 

“Como os funcionários da empresa poderão trabalhar sendo ameaçados ou até mesmo agredidos? Se essa situação não se resolver e a empresa não puder atuar como o que estava previsto na licitação, o estacionamento continuará bloqueado”, diz o coronel Cruz, que assegura que a situação é um problema da Secretaria de Segurança Pública e não da SMTT. “Se for necessário, pediremos o apoio da Polícia Militar”.

 

Auxílio

 

Ainda de acordo com o coronel, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) ofereceu aos flanelinhas a possibilidade de emprego na própria empresa que administrará o estacionamento público através da venda dos tickets.

 

“Foi proposto a eles que criassem uma associação com CNPJ para poder ter um ponto de venda exclusivo no próprio mercado e ganhar uma porcentagem em cima do que eles vendessem, mas mesmo assim eles recusaram. Todas as tentativas da prefeitura para redirecionar esses trabalhadores informais foram rejeitadas”, conta.

 

Por outro lado, alguns flanelinhas garantem que já fizeram cadastro junto a PMA e que a orientação da própria prefeitura seria para que eles aguardassem um futuro contato para a realocação, o que lhes tem causado angústia uma vez que possuem esposa e filhos para sustentar.