Professores realizam manifestação no Centro de Aracaju

Por Joangelo Custódio

 
No quarto dia de paralisação, professores da rede estadual de ensino foram à rua externar para a sociedade os motivos pelos quais entraram em greve. A categoria montou um estande no Calçadão da rua João Pessoa, Centro de Aracaju, no início da tarde desta quinta-feira, 21, e distribuiu cartas à população cujo conteúdo revela o “sucateamento das escolas” e a “propaganda enganosa” por parte do Governo.

 

A pauta de reivindicação é extensa: garantia do reajuste de 13,01% para todas as classes, violência nas escolas, merenda escolar, e as precárias condições de trabalho. São pontos que têm preocupado o Governo do Estado, que já afirmou categoricamente que “não tem condições de atender aos pedidos neste momento”, principalmente o reajuste de 13,01%.

 

Para a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), Ivonete Cruz, o ato visa dialogar com a sociedade e deixá-la a par sobre as reivindicações da categoria.

 

“Estamos distribuindo uma carta ao povo visando mostrar o nosso ponto de vista contra o discurso utilizado pelo Governo nos meios de comunicação que, nitidamente, criminaliza a greve do Magistério. Além disso, queremos desmentir o Governo sobre salários perfeitos e exorbitantes pagos aos professores. Eles tentam maquiar a real situação da educação pública, como se não existissem problemas”, destaca Ivonete Cruz.

 

Governo Aciona Justiça

 

A vice-presidente do Sintese ainda comentou sobre o pedido de ilegalidade da greve impetrado pelo Governo ao Tribunal de Justiça, informação divulgada com exclusividade pelo Correio de Sergipe na edição desta quinta-feira.

 

“Não é novidade o Estado entrar com ação judicial para acabar com a greve. Esperamos que o Governo, ao invés de utilizar a Justiça, que deve ser usada para tratar assuntos importantes da sociedade, receba a categoria e apresente propostas. Faremos uma assembleia para deliberarmos as providências. Já que eles querem garantir a ilegalidade da nossa greve, que é um direito constitucional, que também garantam a legalidade do nosso piso”.

 

Entrevista Coletiva

 

Na próxima segunda-feira, 25, a diretoria do Sintese vai conceder uma entrevista coletiva aos veículos de comunicação. “Vamos expor o verdadeiro cenário da educação pública neste momento”, anunciou Ivonete Cruz.  A coletiva acontece na sede da Cult a partir das 7h.