Professores da rede estadual realizam ato no primeiro dia de greve
Os professores da rede estadual de ensino estão em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, 18. No primeiro dia de greve, a categoria realizou um ato público em frente ao Palácio dos Despachos com o objetivo de intensificar alguns dos pleitos solicitados ao governo, a exemplo do reajuste de 13,01% para toda a classe, além de segurança e reformas nas unidades de ensino. Cerca de 12 mil professores estão mobilizados e aproximadamente 140 mil alunos vão ficar sem aula.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese), Ângela Melo, teceu críticas ao tratamento que o Governo dá aos professores. “O secretário Jorge Carvalho e o governador Jackson Barreto tratam o piso do magistério não como um direito, mas como uma pretensão da categoria. Esse é um Governo que se caracteriza por negação do direito e por criminalizar professores e professoras”.
Ainda conforme Ângela, o Governo espalha comercial enganoso na mídia com o objetivo de tentar desqualificar a mobilização dos professores. “Quem vê a propaganda e os discursos do Governo até pensa que não há mais problemas de violência nas escolas, que não há mais um grave problema na estrutura das escolas estaduais e que todos os professores recebem altos salários. Essa é a estratégia do governador Jackson Barreto: mostrar enganosamente que a educação em Sergipe vai a mil maravilhas”, destacou.
Já o diretor de comunicação do Sintese, Joel Almeida, reafirmou que a categoria vai seguir com a mobilização.“Sempre que negarem os nossos direitos, temos a obrigação de ir às ruas dialogar com estudantes, pais e a comunidade em geral sobre os problemas que enfrenta a educação pública em nosso estado. Fizemos isso todos os anos, independente dos governantes. Com Jackson não será diferente: continuaremos na luta, nas ruas, em defesa dos nossos direitos”, disse Joel.
A assessoria de comunicação do governo informou que o vice-governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, e o secretário da Fazenda, Jeferson Andrade, vão receber os representantes dos professores no Palácio dos Despachos nesta terça-feira, 19, e que "o governo está buscando mecanismos para solucionar o imbróglio, baseado no diálogo".
Os professores vão se reunir mais uma vez na quarta-feira, 20, para fazer uma avaliação da paralisação.