Prefeitura diz que dívida com a Torre começou na gestão Augusto Gama
O secretário de Comunicação da Prefeitura de Aracaju, Carlos Batalha, disse que o prefeito João Alves tem se empenhado para solucionar o imbróglio da coleta de lixo da capital. Batalha afirmou que o impasse entre Prefeitura, empresa Torre e o Sindilimp não passou de uma má interpretação de um decreto de 24 de fevereiro de 2015, que recomenda a redução dos custeios das secretarias, diante da crise econômica em que o país vive, e não trata sobre demissão.
Batalha esclareceu sobre o relatório do Tribunal de Contas, que pediu explicações sobre os R$49 milhões em débitos com a Torre.
”Sobre a dívida de R$49 milhões, destes R$23 milhões são de precatórios. Conforme declarações da própria Torre, são dívidas deixadas pelos ex-prefeitos João Augusto Gama, Marcelo Déda. E Edvaldo Nogueira, que os sucedeu, além de não honrar com o pagamento das dívidas deixadas pelos seus aliados, ainda deixou como herança para atual gestão um débito de R$ 8 milhões que corrigidos em valores atuais atingem R$10 milhões que somados a R$ 4 milhões da atual gestão, já foram negociados em instituição bancária e parcelados em 17 vezes, vencíveis a cada dia 10 de todos os meses, tendo sido as duas primeiras parcelasn(agosto e setembro) pagas no valor de R$ 1,8 milhão e, desta forma, o acordo firmado entre a Prefeitura e a empresa Torre está sendo honrado”, assegurou Carlos Batalha.
Quanto aos pagamentos dos últimos três meses que totalizam R$ 12 milhões, segundo o secretário, já foi acordado com a empresa que estará sendo pago a partir do dia 23.
"Dessa forma, somados chega ao valor total de R$49 milhões. O prefeito João Alves Filho recomendou todos os esforços para solucionar este problema que está afetando a população e os secretário da área, a exemplo de Jair Araújo, da Secretaria da Fazenda, Eduardo Matos, do Meio Ambiente, e do presidente da Emsurb, Humberto Pereira, estão adotando todas as medidas cabíveis e legais para resolver dentro da situação financeira do município", expôs.
"Mal entendido"
No que diz respeito à dúvida que pairava entre a Torre, Sindilimp e Emsurb sobre cortes de pessoal em 20%, esclarece Batalha, diz respeito apenas a redução de custos e não de pessoal.
"Significa que não existe qualquer obrigatoriedade de demissão de funcionários das empresas. Isso reafirma uma antiga política do prefeito João Alves Filho, que faz questão de ressaltar que em toda a sua vida pública, nos mais diversos cargos que ocupou e mesmo as administrações tendo passado por diversas situações de dificuldades financeiras, nunca demitiu ou exonerou nenhum funcionário. Além disso, o prefeito faz questão de manter a limpeza da cidade, que já é referência e motivo orgulho tanto para aracajuanos quanto para turistas", explicou.
Por fim, Batalha afirma que a Emsurb já oficializou todos os esclarecimentos à Torre e ao Sindilimp, ressaltando ainda que o número de equipes destinadas à execução dos serviços de limpeza pública e recolhimento de resíduos sólidos deverá obedecer aos quantitativos estabelecidos nos contratos 1210 e 1310.