Planejamento estratégico auxilia novos empreendedores

 

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, em janeiro deste ano, a porcentagem de pessoas que desejam montar seu próprio negócio supera a de pessoas com o desejo da casa própria. O resultado mostrou que 27% dos entrevistados querem montar ou ampliar o próprio negócio. Em segundo lugar, com 26%, ficou a casa própria.

Embora a busca pelo empreendedorismo fique evidente na pesquisa, abrir o próprio negócio implica uma série de desafios e decisões que precisam estar bem definidas, fazendo com que seja algo próspero. Uma das primeiras medidas a serem tomadas, segundo o engenheiro de produção André Gabillaud, que atua nesse segmento há mais de 20 anos, é desenvolver um planejamento estratégico.

“Existem três tipos de planejamento: o planejamento estratégico, o planejamento tático e o planejamento operacional. Como ele é um novo empreendedor e precisa entender como as coisas vão funcionar, a gente começa, normalmente, pelo estratégico. Que direciona o tático e  direciona o operacional, é um planejamento estratégico é como se ele tivesse direcionando as ações de longo prazo. Se ele quer alcançar um objetivo, que é de longo prazo e é natural que ele pense assim, pela sustentabilidade do negócio, ele precisa desenvolver um planejamento estratégico para definir os grandes objetivos que esse negócio possui”, explica o engenheiro de produção.

De acordo com Gabillaud, toda vez que o novo empreendedor passa a não fazer um planejamento macro das ações, acaba não tendo como definir claramente quais são os resultados do micro. Isso porque as ações estratégicas funcionarão como um direcionamento. Assim, há o risco de chegar ao final de todos os dias de trabalho e não saber se os resultados almejados estão sendo alcançados.

“Imagine o planejamento estratégico como uma bússola empresarial, para direcionar as ações. Sem esse direcionamento é como se ele estivesse dirigindo um carro sem painel. O planejamento estratégico ele direciona as ações, inclusive aquelas que são feitas no dia-a-dia, porque elas precisam contribuir para o alcance das estratégias”, pontua o engenheiro.

Para que o negócio seja de sucesso, uma das coisas que é possível fazer logo de cara é tentar reunir, caso possua, as pessoas que lideram a empresa e, junto com elas, quais os pontos que são mais críticos dentro da empresa que merecem uma atenção maior. Além destes, é indicado avaliar também quais os pontos fracos nesses itens que são mais críticos e quais os pontos fortes que podem ser potencializados.

“Esses quatro pontos, pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças são uma ferramenta simples, chamada análise de swot, que ele pode, rapidamente ali com a equipe, sentar, discutir e começar a extrair as principais ações macro que deveriam ser realizadas”, instrui André Gabillaud, que alerta também para os erros mais comuns nessa fase inicial.

Ele cita que, entre os erros mais comuns que o empreendedor comete nesse processo está o fato de não realizar o planejamento estratégico, acreditando que o conhecimento técnico que possui é suficiente para tocar o negócio. O segundo ponto é reconhecer que essas ações estratégicas devem ser conduzidas por pessoas com maturidade.

“Levar em consideração o acompanhamento de alguém que já faz ou de algum profissional mais especializado acaba ajudando. Ele vai começar a reconhecer que existem algumas particularidades que se dão através desse trabalho que sozinho ele não teria condições de fazer. Outro erro é não envolver a liderança nesse processo, eles passam a não estar engajados o suficiente porque eles não fazem parte de um processo de construção e, por não fazer, não se envolvem como deveriam”, conclui o engenheiro de produção.

Fonte: Assessoria de Comunicação