Petroleiros de Sergipe seguem tendência nacional e param por 24h
Em virtude do movimento nacional, os funcionários da Petrobras que atuam em Sergipe paralisaram as atividades por 24h nesta sexta-feira (24). Um dos principais motivos para o protesto diz respeito à crise que a empresa vem enfrentando e também pelas atuais condições de trabalho dos petroleiros. Todas as áreas operacionais e administrativas da empresa foram paradas.
Os sindicalistas concentraram-se em frente à sede da Petrobras, na rua Acre. Para o diretor do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro), Bruno Dantas, mais de 17 sindicatos do país estão participando da paralisação e em Sergipe a adesão foi de 80%.
“Pretendemos chamar a atenção da população e das autoridades para o que vem acontecendo na Petrobras. O patrimônio da empresa está correndo sérios riscos. A empresa não vai sair da crise, vendendo parte do seu patrimônio. A Petrobras é do Brasil e tem que permanecer aqui. Somos totalmente contra a venda de qualquer ativo da empresa e essa situação só vai melhorar dando continuidade aos trabalhos, as obras e, claro, valorizando mais os petroleiros”, disse Bruno Dantas.
Melhores condições de trabalho
Além da crise financeira, os petroleiros querem melhores condições de trabalho e o freio nas demissões dos terceirizados. Segundo Bruno, em Sergipe são dois mil efetivos e oito mil terceirizados, e do ano passado para cá foram mais de sete mil demissões no país.
Posicionamento
A Petrobras informou que, devido à paralisação, houve registro de bloqueios na entrada dos empregados em algumas unidades, gerando atrasos e corte de rendição do turno. Em contrapartida ao que foi dito pelos petroleiros, a empresa afirma que as atividades estão dentro da normalidade, sem nenhum prejuízo à produção, estando preservada a segurança das instalações da companhia e dos trabalhadores.
Foto: Lindivaldo Ribeiro/CS