Petroleiros de Sergipe fecham Tercarmo e cruzam os braços por 24h

 

Mais uma categoria paralisou as atividades. Desta vez, os petroleiros de Sergipe, lotados na unidade do Tecarmo, na avenida Melício Machado, anunciaram paralisação nesta sexta-feira (12) por 24h em protesto contra as medidas que poderão ser aplicadas na Petrobras, como a venda da Transpetro, maior processadora brasileira de gás natural, de áreas e poços da empresa.

 

Os petroleiros sergipanos seguem a tendência de paralisação nacional. Para Jomar Nascimento, diretor do Sindipetro AL/SE, a paralisação é um ato a favor da empresa.

 

“Nosso protesto é contra tudo que vem acontecendo na Petrobras. Todo brasileiro tem conhecimento do escândalo da roubalheira envolvendo a empresa e, por causa de alguns desonestos, a Petrobras está um caos. Há a expectativa de venda e privatização da Transpetro, o que é um absurdo, além de áreas e poços. Se essas vendas aconteceram o que já não está bom irá piorar ainda mais. Sem falar na questão da terceirização, que também tem sido um problema”, disse.

 

Ainda de acordo com ele, todos os petroleiros estão insatisfeitos com os escândalos da empresa e atitudes que a Petrobras vem tomando, tanto em relação aos roubos quanto a expectativas de vendas. No entanto, ele explica que, apesar da paralisação de 24h, não haverá prejuízos já que no Tecarmo há produtos armazenados.

 

“Não existe hoje um petroleiro que esteja satisfeito com a Petrobras. É escândalo em cima de escândalo, a desonestidade na empresa é grande e os rombos são enormes. Mas, apesar da paralisação, no Tecarmo não haverá prejuízos porque na unidade tem produtos armazenados. Estamos realmente preocupados com o futuro da empresa, que, a cada dia, se afunda mais”, conclui Jomar.

 

 

Foto: Lindivaldo Ribeiro/CS