Pela 1ª vez presidente do Conselho de Administração do BNB é de SE

O economista Saumíneo Nascimento, 53 anos, foi eleito e empossado na presidência do Conselho de Administração do Banco do Nordeste (BNB) em 13 de abril deste ano, sagrando-se o primeiro sergipano a ocupar este cargo. Aluno de escola pública, é formado em Economia e Direito (Graduação), Geografia (Mestrado e Doutorado) e Propriedade Intelectual ( Pós-Doutorado). Em seu extenso curriculum destacam-se a direção da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), a presidência do BANESE e o posto de secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Sergipe. Natural de Japaratuba (SE), Saumíneo tem uma extensa carreira no BNB, onde começou aos 15 anos como estagiário, passando a Bancário Aprendiz, Escriturário, Analista de Crédito, Gerente Executivo, Gerente de Agência e Superintendente Estadual. No momento, Saumíneo também ocupa o cargo de vice-presidente de Relações Institucionais da Sociedade de Educação Tiradentes S/A. Nas horas de “folga” ele gosta de escrever artigos. É colaborador semanal do Jornal Correio de Sergipe, onde coleciona excelentes artigos, muitos dos quais contando fatos e contribuições importantes para o desenvolvimento de Sergipe. A seguir, você confere nosso bate papo Saumíneo.

  

Correio de Sergipe: Você acaba de assumir a presidência do Conselho de Administração do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Pode nos explicar quais as atividades delegadas a um presidente de Conselho de Administração?
Saumínio Nascimento:
O Presidente do Conselho de Administração de qualquer companhia é o condutor principal da estratégia da empresa e preside as reuniões do Conselho de Administração.  No Banco do Nordeste o Presidente do Conselho de Administração também é o responsável pela interação com o Ministério da Economia e demais representantes do acionista controlador, no sentido de esclarecer a orientação geral dos negócios, conforme definido em estatuto, dentre outras atribuições.

CS: Esta seria sua primeira experiência em um Conselho de Administração?
SN:
Não, já tive experiência em outros conselhos, inclusive na condição de Presidente. Já fui Conselheiro no Conselho Regional de Economia de Sergipe, no SEBRAE-SE, SEBRAE-PB, no Conselho de Administração do BANESE, Conselho de Desenvolvimento Industrial de Sergipe e, no Conselho da CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Tive a honra de ter sido Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Ciência e Tecnologia do Brasil, do Conselho da CODISE, do Conselho da FAPITEC, do Conselho do SERGIPETEC e do Conselho do ITPS.

CS: Como se deu a sua escolha para a presidência do Conselho de Administração do BNB?
SN:
Para conselheiro foi um convite do Ministério da Economia e para a Presidência do Conselho foi uma eleição entre os meus pares no Conselho, somos 7 (sete) Conselheiros.

CS: Como presidente do Conselho, é possível ter uma visão estratégica especificamente voltada para Sergipe?
SN:
A visão estratégica é para todos os negócios do Banco e todos os Estados da área de atuação do BNB (Nordeste e Norte de Minas Gerais e Espírito Santo), assim, Sergipe está inserido.

CS: Você fica integralmente comprometido com as questões do banco ou concilia seu tempo como vice-presidente de Relações Institucionais da Sociedade de Educação Tiradentes S/A?
SN: Concilio o meu tempo, atendendo o que compete em cada uma das funções.

CS: Fale-nos um pouco sobre o atual direcionamento estratégico do Banco para o Nordeste:
SN:
O Banco do Nordeste é um dos cinco bancos públicos federais que o pais possui e neste sentido tem a missão de “Atuar como o banco de desenvolvimento da região Nordeste”, e sua visão é a de “Ser o banco preferido do Nordeste, reconhecido pela sua capacidade de promover o bem-estar das famílias e a competitividade das empresas da Região”. A missão e visão de futuro se concretizam por meio da execução de políticas e programas estrategicamente concebidos com a visão social de melhorar a vida das pessoas, inserindo-as no campo produtivo e permitindo-lhes viver com dignidade. Além da operacionalização e gestão do FNE e de ser também operador do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) e do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), o Banco do Nordeste destaca-se, ainda, por meio de sua atuação no Plano Plurianual, especialmente em programas de microcrédito produtivo orientado e no fomento à pesquisa e inovação.

CS: Sua eleição foi em 13 de abril, para um mandato de dois anos. Já pensa em reeleição?
SN:
Não, o que penso é em fazer o melhor trabalho possível e direcionar as ações para que o Banco do Nordeste cumpra a sua missão, transformando a vida das pessoas na sua área de atuação.

CS: É muito cedo para dizer se as atividades do BNB estão de acordo com o planejamento, transparência e confiabilidade na divulgação das informações?
SN:
As atividades do BNB estão de acordo com o planejado, sendo uma empresa aderente aos princípios de transparência e confiabilidade, mas ainda temos muitos desafios a serem superados, especialmente na evolução do atendimento de nossa clientela.

CS: Já houve encontro do Conselho após a posse dos membros?
SN:
Sim, mensalmente temos reunião ordinária.

CS: Existem orientações gerais dos negócios após a eleição?
SN:
Sim, mas estamos atualizando a Carta Anual de Políticas Públicas e Governança com a definição da estratégia anual do Banco.

CSVocê é, sem dúvidas, um exemplo para qualquer pessoa que pensa em ter uma carreira de sucesso. Que conselho você dá para quem deseja crescer profissionalmente?

SN – Estudar muito e sempre, nunca parar de atualizar-se; buscar sempre a ética em primeiro lugar no desenvolvimento das atividades; dedicação e zelo com tudo que for fazer; respeito e humildade com as pessoas e entender que tudo na vida é uma dádiva, por isso sempre busque fazer o melhor e o bem para os outros.

CS: Gostaria de encerrar dizendo como se sente quanto à escolha de seu nome?
SN:
Muito honrado e ciente do grande desafio que é ser Presidente do Conselho de Administração do BNB.