Pastor de Goiás é suspeito de aplicar golpes, mesmo respondendo na Justiça por estelionato

Investimentos fabulosos, com promessa de retorno financeiro muito acima do normal. É assim que um homem que se apresenta como pastor Osório atrai vítimas, se valendo de apelos religiosos e das redes sociais como isca.

Os repórteres do Fantástico mostram como o pastor Osório continua aplicando golpes, e deixando pessoas no prejuízo, mesmo respondendo na Justiça por estelionato.

Antes mesmo de começar a aplicar golpes em São Paulo, segundo a polícia, ele já tinha dado um prejuízo grande no estado de Goiás, principalmente no interior do estado. São pelo menos R$ 15 milhões de pessoas que acreditaram na promessa dele.

Segundo uma das vítimas, um empresário paulista, o pastor oferecia um negócio de retorno inacreditável: em documento em nome dele, promete um retorno financeiro de mais R$ 2 quatrilhões. Valor que supera as fortunas somadas das dez pessoas mais ricas do mundo.

Depois que tentou receber a fortuna prometida, o empresário sofreu um grave acidente. Ele depositou R$ 300 mil para o pastor Osório. Depois de muita cobrança, conseguiu receber de volta R$ 90 mil e um carro importado.

Empresário: Eu nunca quis receber um carro eu queria o valor em dinheiro.
Repórter: O senhor pega esse carro, sai na rodovia e o que acontece?
Empresário: De repente, eu vejo soltar o eixo da roda traseira do meu lado que voou para a outra pista. O carro capotou.

O empresário ficou seis meses sem conseguir andar: “Em alguns momentos eu achei que não resistiria aos traumas, as fraturas, as sequelas”.

Em nota, a advogada de Osório José Lopes diz que o carro capotou em razão de excesso de velocidade. O pastor não quis falar com o Fantástico. Mas, depois que o procuramos, divulgou vídeos na internet: “Eu nunca tive intenção de matar ninguém”.

Ele volta a prometer o pagamento aos credores, só não explica de onde virão os prometidos quatrilhões de reais.

O pastor Osório, que já é réu em Goiás, foi denunciado nessa sexta-feira pelo Ministério Público de São Paulo também pelo crime de estelionato.

Fonte: G1