MP cobra da SSP apuração no caso do designer morto pela PC

Da redação, AJN1
A morte do designer de interiores, Clautenis José dos Santos, de 37 anos, alvejado por policiais civis em operação articulada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), chamou a atenção do Ministério Público de Sergipe, que, por intermédio da Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial, Questões Agrárias e Atuação no Sistema Prisional, oficiou o gestor da SSP, João Eloy de Menezes, para que apure o caso o mais rápido possível.
De acordo com o ofício expedido pelo promotor de Justiça Eduardo Matos, foi requerida a instauração de Processo Administrativo, objetivando que sejam investigadas as eventuais condutas delitivas de agentes policiais. O MP salienta, no ofício que, “findadas as investigações, o aludido Inquérito Policial seja encaminhado para a Promotoria, para apreciação e adoção das medidas cabíveis.”
Inquérito
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu inquérito policial para investigar as circunstâncias da morte de Clautenis, que foi atingido por um disparo de arma de fogo durante uma operação policial da Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFv).
O secretário da Segurança Pública, João Eloy, prometeu empenho nas investigações e acionou o DHPP e a Corregedoria da Polícia Civil para começar, já nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (10), os levantamentos sobre as circunstâncias da ocorrência. Testemunha que estava no carro, motorista e policiais já foram ouvidos no DHPP.
Erro policial?
A diretora do DHPP, delegada Thereza Simony, esclarece que o caso não é tratado no primeiro momento como erro policial. “Os policiais estavam a serviço, numa missão de apuração de roubos de veículos naquela área da cidade e ocorreu um desfecho que está sendo objeto de apuração pelo DHPP. Os policiais fizeram uma abordagem aos ocupantes do veículo. O inquérito vai apurar o que ocorreu depois dessa abordagem e as conclusões serão passadas em breve à sociedade. O caso aconteceu a menos de 12 horas e ainda é muito prematuro tirar alguma conclusão. Temos 30 dias para concluir o inquérito e faremos o possível para cumprir o prazo legal”, pontuou.
Roubo de veículo
De acordo com o delegado-geral em exercício, Jonathas Evangelista, os policiais civis foram ao bairro Bugio para investigar o roubo de um veículo Corola, mas não confirmaram a denúncia. No retorno, eles se depararam com um veículo de aplicativo, na zona norte da capital, e decidiram realizar a abordagem. “As diversas versões apresentadas estão sendo checadas e confrontadas a fim de entender o desfecho desse caso”.
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