Microsoft anuncia compra de Activision Blizzard, gigante de games
A gigante Microsoft anunciou que está na fase final de aquisição de uma das maiores desenvolvedoras de games, a Activision Blizzard, em um acordo estimado na casa dos 70 bilhões de dólares (por volta de 380 bilhões de reais) pelo Wall Street Journal.
De acordo com o WSJ, a Microsoft disse que a transação a tornaria a terceira maior empresa de jogos do mundo em receita, atrás da chinesa Tencent Holdings e da japonesa Sony.
A aquisição inclui diversos estúdios da marca: Beenox, Demonware, Digital Legends, High Moon Studios, Infinity Ward, King, Major League Gaming, Radical Entertainment, Raven Software, Sledgehammer Games, Toys for Bob, Treyarch e todas as equipes da Activision Blizzard, de acordo com nota.
A Blizzard está por trás de grandes games como Guitar Hero, World of Warcraft, Call of Duty, Diablo e OverWatch. Após a aquisição, a empresa irá reportar ao CEO da Microsoft Gaming, Phil Spencer. Em nota, o presidente executivo afirma que os jogos da marca chegarão no Xbox Game Pass e no PC Game Pass, assinatura mensal que é como uma Netflix para games.
Microsoft e Blizzard enfrentam denúncias de assédio
A aquisição da Blizzard pela Microsoft é significativa e deve trazer grande impacto ao mercado. Porém, também gera surpresa: a empresa recentemente enfrentou um escândalo devido à diversas denúncias de assédio sexual, diferenças salariais entre homens e mulheres na mesma posição e por um ambiente de trabalho que era conivente com avanços físicos e verbais sobre funcionárias.
A situação é grave e o processo menciona até que uma funcionária cometeu suicídio após formas extremas de abuso na empresa. “Funcionárias quase universalmente confirmaram que trabalhar para a empresa era quase como trabalhar em uma casa de fraternidade, em que invariavelmente envolvia funcionários bebendo e submetendo funcionárias a assédio sexual sem qualquer repercussão”, diz o processo.
Algo semelhante acontece com a Microsoft. Nesta semana, foi anunciado que o conselho de administração da empresa contratou um escritório de advocacia para revisar as políticas da empresa sobre assédio sexual e discriminação após reclamações de irregularidades na empresa que envolvem até Bill Gates.
O escritório Arent Fox irá, por exemplo, apurar sobre uma cadeia de e-mail interna da empresa que circulou em 2019. Nas mensagens, funcionários reclamaram da Microsoft não ter tomado ação em muitos casos de humilhação, comentários sexistas e assédio sexual.
Fonte: Exame