Lollapalooza: festival volta a São Paulo abrindo a temporada de megaeventos no país
Depois de dois anos de adiamento, São Paulo é palco do retorno do Lollapalooza, maior evento musical do estado. São 69 shows no Autódromo de Interlagos, de ontem, 25, até domingo, 27, com destaques como The Strokes, Miley Cyrus e Foo Fighters. Com quase todos os ingressos vendidos e público estimado em 245 mil pessoas, esta edição marca oficialmente a volta dos grandes eventos no país após suspensão provocada pela pandemia. E lá se vão dez anos desde que o festival chegou ao país, com uma edição que reuniu 135 mil pessoas no Jockey Club de São Paulo. Coincidência ou não, o Foo Fighters, que estava na primeira edição brasileira, encerra o evento este ano. Mas há muito mais. Confira a seguir o que esperar desta volta dos megashows.
O retorno
O Lollapalooza marca a volta oficial dos grandes eventos no Brasil. Esta edição custou a acontecer: estava marcada para abril de 2020, mas a quarentena começou 12 dias antes. Houve três adiamentos até a data final. E oito dias antes do festival, o estado de São Paulo declarou a suspensão da obrigatoriedade de máscaras (no festival, seu uso será opcional, mas a apresentação de comprovante de vacinação é obrigatória). Tanta expectativa se reflete em grandes números. Não à toa, esta edição teve recorde de patrocinadores (são 21) e deve receber 245 mil pessoas, resultado de um lote extra de vendas. A Prefeitura de São Paulo estima uma injeção de R$ 164 milhões na economia da cidade.
Misturado
No Lolla, há uma democracia de estilos musicais. Diferentemente da separação que ocorre no Rock in Rio — com um dia para rock, outro para pop etc. —, o festival paulista mistura tudo. Hoje, por exemplo, as principais atrações são o rock alternativo de The Strokes, o pop punk de MGK e o rap de Jack Harlow. Os estilos se repetem nos outros dias, juntando-se a pop, indie, MPB…
Rap no topo
A nova década está sendo promissora para o estilo: em 2020 e 2021, os artistas mais ouvidos do mundo no Spotify foram rappers. Faz sentido que o Lolla dê mais espaço ao gênero este ano. Há recorde de rappers no line-up: 12, contra quatro em 2019. Também há dois headliners: Jack Harlow e A$AP Rocky, ambos dos EUA. O crescimento do estilo se reflete nos artistas nacionais, distribuídos nos três dias. Matuê toca hoje. No sábado, Emicida sobe ao palco principal em horário de destaque. Djonga e Rashid se apresentam no domingo.
Fonte: O Globo