Investigação da PF que prendeu “doleiro dos doleiros” viabiliza acordo de R$ 1 bi

 

A Polícia Federal informa que, nesta quarta-feira (12), foi homologado o acordo de colaboração de Dario Messer, considerado o maior acordo já efetuado tendo a participação da instituição. Nos últimos anos, a PF conduziu as investigações em torno do grande esquema de lavagem de dinheiro operado pelo doleiro que, após ser considerado foragido da Justiça e se esconder durante 15 meses, foi preso em 31 de julho de 2019 na cidade de São Paulo.

Para chegar até Messer, a Polícia Federal concentrou as investigações em torno das atividades dos demais integrantes da organização criminosa da qual fazia parte, acionando instrumentos de cooperação policial internacional.

A análise do material apreendido com Messer revelou a existência de contas bancárias em nome de empresas offshores por ele controladas, depósitos paralelos em casas de câmbio, a ocultação de valores com outros doleiros, a abertura de empresas no exterior em nome de laranjas, além da prática de dólar-cabo e do recebimento de valores ilegais em espécie.

No dia 16 de novembro de 2019 foi deflagrada pela PF a denominada Operação Patron, com a decretação da prisão de dezessete pessoas da mais alta confiança do doleiro, responsáveis diretas por escondê-lo e também pela ocultação e a lavagem de seus recursos.

Dario Messer, em 2017, chegou a iniciar um acordo de colaboração com o MPF, o qual não foi adiante para, em seguida, empreender fuga e permanecer foragido até a sua prisão pela PF em 2019.

O acordo de colaboração de Dario Messer, homologado ontem pelas 2ª e 7ª Varas Federais Criminais do Rio de Janeiro, foi firmado conjuntamente com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal. Nele, Messer concordou em cumprir mais de 18 anos de pena privativa de liberdade e a restituir aos cofres públicos recursos existentes no Brasil e no exterior que, somados, se aproximam do valor de R$ 1 bilhão.

Fonte: PF/RJ