Indignados, alunos protestam levando lixo para porta da Secretaria de Planejamento

AJN1 

 

Pela segunda vez só esta semana, os alunos do Colégio Estadual Dom Luciano José Cabral Duarte, localizado no Centro de Aracaju, realizaram um manifesto para cobrar da Secretaria de Estado da Educação (Seed) o envio de profissionais para fazer a limpeza da escola que está suja e tomada de lixo, em virtude da greve dos servidores que fazem esse serviço.

Com os cartazes e faixas em riste, fecharam a Rua de Itabaiana, local onde fica situada a escola. Na sequência, fizeram questão de juntar boa do lixo, acumulado nas dependências da unidade de ensino, e conduziram todo detrito até a porta da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Seplag).

Merenda

Os alunos também cobram do Governo o fornecimento digno da merenda escolar. Segundo os estudantes, o lanche não é servido com frequência e, quando há, é sempre broa e suco.

Apoio

Os professores do turno da manhã também se engajaram à causa. “Estamos vivenciando esse descaso na escola. São 30 salas, três pavimentos, só pela manhã mais de 1.800 mil alunos e sem limpeza não dá. Do jeito que está não dá para ficar. Vamos fazer outras manifestações, caso o Governo não atenda às solicitações, faremos manifesto em todos os turnos”, afirma Mauro César.

Os alunos do colégio Governador Valadares, localizado na avenida Visconde de Maracaju, zona Norte da Capital, também foramàs ruas hoje cobrar melhorias do Governo.

Apenas uma nota

A Seed, mais uma vez, manifestou-se por meio de nota informando que a greve dos servidores e merendeiras acarreta na ausência de serviços de apoio em unidades de ensino, causando problemas quanto à limpeza de sala de aulas e banheiros.

Em algumas escolas, diz a nota, a equipe diretiva e coordenadores pedagógicos têm se doado e estabelecendo um ritmo emergencial para atender a demanda.

A Seed, ainda conforme o texto, não tem servidores para repor pessoal emergencialmente e já providencia medidas jurídicas para fazer frente à questão, para a normalidade de trabalho, quanto a outras alternativas para suprir a falta de trabalhadores no serviço público.

 

Fotos: Lindivaldo Ribeiro/CS