Grupo Bomfim perde prazo e não cumpre acordo firmado com a Justiça do Trabalho
Terminou na última sexta-feira, 23, o prazo dado ao Grupo Bomfim para a alienação dos bens indicados em acordo realizado no dia 09/06/2015, no TRT20, para o pagamento das dívidas trabalhistas e fiscais, que giram em torno de 80 milhões.
Até o momento, foram vendidos dezenove ônibus, um imóvel e a Fazenda Boa Luz, sendo que esta última está sub judice, ou seja, encontra-se com problemas na transferência para o adquirente. Com a venda dos bens, foram arrecadados e estão sendo pagos aos ex-trabalhadores R$ 15.740.200,00, enquanto R$ 15.495.000,00 ainda estão pendentes de recebimento pela Justiça do Trabalho.
Outros bens da executada já estão penhorados, como um imóvel em Maceió e o restante da garagem localizada na Tancredo Neves, em Aracaju, que serão postos à venda em leilão previsto para acontecer no mês de novembro. A Fazenda Arame de Prata e uma garagem localizada na rua Alagoas, indicados no acordo, também serão avaliados e posteriormente levados à hasta pública.
De acordo com o Tribunal, os bens penhorados até então não devem ser suficientes para quitar todo o débito trabalhista e fiscal. Neste caso, outras posses do Grupo Bomfim deverão ser penhoradas, assim como poderá ter prosseguimento a execução referente à Fazenda Piauhy, que já se encontra penhorada, caso os executados não indiquem outros bens livres e de fácil alienação.
Periodicamente, o Tribunal atualizará a lista com a ordem de pagamento das execuções (processos físicos e virtuais) e afixará na porta do Juízo Auxiliar de Execução (JAE), localizado no prédio amarelo do TRT20. A lista não será fornecida aos reclamantes ou advogados, mas poderá ser fotografada pelos interessados.