“Grito dos Excluídos” marca presença no desfile de 7 de setembro
Por Ivo Jeremias, Repórter AJN1
Muitos aracajuanos aproveitaram a manhã desta segunda-feira (7), feriado da independência do Brasil, para acompanhar os desfiles cívicos na Avenida Barão de Maruim, Centro da capital. A via que foi tomada por um clima de festividade com a passagem das forças militares e dos estudantes de escolas das redes pública e privada, também foi palco de protestos.
Centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU), Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL/Se) e grupos que compõem minorias sociais, se uniram e deram cara ao ‘Grito dos Excluídos’, movimento popular que surgiu em 1995 e tem como objetivo dar voz às classes consideradas esquecidas e discriminadas. Este ano o movimento teve o seguinte lema: “Que país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”
Para o diretor do Sindipetro, Bruno Dantas, a participação no Grito dos Excluídos é uma oportunidade de mostrar a insatisfação dos trabalhadores com as politicas adotas por todas as esferas do poder executivo.
“Esse ano estamos no Grito dos Excluídos para denunciar o ajuste fiscal do governo Dilma, para denunciar o pagamento da dívida que tem gerado esse desemprego, a falta de incentivo fiscal para criar mais emprego para o Brasil e também para convocar o povo para uma grande manifestação que vai acontecer no dia 18 em São Paulo, onde vamos denunciar o corte de direitos dos trabalhadores como o PIS, o seguro desemprego, a paralisação dos investimentos nas obras da Petrobrás… a nossa participação é para colocar na rua toda essa pauta e nossa insatisfação com o governo federal, estadual e municipal”, disse Bruno.
Um grupo de classificados no último concurso da Petrobrás, que foi realizado em 2014, também se juntou ao movimento para cobrar a convocação imediata. De acordo com a técnica em Meio Ambiente, Jucilene Costa, a empresa não chamou ninguém até o momento.
“Nós estamos indignados porque estudamos muito para este concurso que foi muito concorrido, a Petrobrás prorrogou o prazo, mas não chamou ninguém ainda em nenhum cargo, em nenhum estado e não demostrou interesse em convocar. Nós estamos em um momento em que muitos funcionários saíram pelo Plano de Incentivo de Demissão Voluntária, o PIDV, mais de oito mil em todo o Brasil e na época havia um acordo de repor pelo menos 60% desse total, mas até agora não existe movimentação nesse sentido”, protestou a classificada no concurso.
Reunião
Na próxima semana está agendada uma reunião entre o Sindipetro e o setor de recursos humanos da Petrobrás para discutir as convocações dos classificados no último concurso. A empresa informou aos interessados que tem até janeiro de 2016 para convocar os aprovados dentro das vagas.