Cena final do filme “Zé da Cupira, o cangaceiro de Poço Redondo”, será gravada neste fim de semana
Da redação, AJN1
O município de Poço Redondo, conhecido como a ‘capital do cangaço’, no coração da caatinga, será, mais uma vez, palco de gravações de um longa-metragem.
Isso porque os integrantes do grupo de Teatro e Xaxado na Pisada de Lampião, liderados pelo ator, diretor e roteirista Beto Patriota, se reúnem neste fim de semana, nos dias 2 e 3 de outubro, sábado e domingo, respectivamente, para gravar mais uma cena do longa “Zé da Cupira, o cangaceiro de Poço Redondo”, que vem sendo produzido há cerca de dois anos com recursos próprios.
As cenas que serão gravadas neste fim de semana são as mais aguardadas pelos produtores, pois representam o final do filme, e irá reunir mais de 70 pessoas, intercalados nesses dois dias e respeitando os protocolos exigidos por conta da covid-19.
A gravação final do filme, conhecida por “cena do tiroteio”, vai reunir artistas da região e também de outras cidades, como Itabaiana, Aracaju, Arauá, Estância, Poço Verde e também de estados vizinhos, como Alagoas e Bahia.
O diretor e roteirista do filme, Beto Patriota, resume um pouco o enredo.
“O filme retrata a vida de um sertanejo que entra para o cangaço e se batiza por Zé da Cupira, um homem que sofreu muito com o assassinato de seu pai pelo coronel João Maia, um carrasco dos sertões, tendo ainda desavenças no próprio grupo onde surge outro cangaceiro que sai de seu próprio grupo, o Zé Ligeirinho, que logo fazem as pazes. Zé da Cupira logo se apaixona por Rosinha, uma mocinha dos altos do Velho Chico, que logo entra para o bando abrindo brechas para as demais companheiras entrarem no bando. Vão todos à procura do coronel para acertos de contas. Nessas procuras, surge do nada o beato dos sertões que tende em dar conselhos aos cangaceiros. Com isso, a fé de cada um dobra, chegando ao confronto final com a morte de dezenas de jagunços, cangaceiros e João Maia. Escapam desse fogo apenas Zé da Cupira e sua companheira Rosinha, por sorte um dos tiros que seria fatal no capitão Zé de Cupira fica grudada na cruz dada de presente pelo beato Andarilho dos sertões, daí eles logo fogem para outra região distante. O filme envolve ainda muita comédia, ação, romantismo, religiosidade popular e saberes empíricos. O nome de alguns personagens foram batizados com os nomes dos primeiros moradores de Poço Redondo. Com isso, nosso filme dá mais destaque ao contexto histórico e cultural de nossa região”, destaca o diretor.