Custo da cesta básica apresenta alta de 1,58% em Aracaju

Da redação, AJN1

No mês de março, o custo médio da cesta básica de alimentos em Aracaju teve um aumento de 1,58%, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na prática, os aracajuanos tiveram que desembolsar R$ 524,99 para levar o conjunto de alimentos perecíveis para casa. Mesmo com a alta, a capital sergipana ainda detém a cesta mais barata do Brasil.

Vale frisar que no mês de fevereiro, a alta foi de 1,77%, e em janeiro, alta expressiva de 6,23%. Em março, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em todas as capitais.

As altas mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (7,65%), em Curitiba (7,46%), São Paulo (6,36%) e Campo Grande (5,51%). A menor variação foi registrada em Salvador (1,46%). São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 761,19), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 750,71), por Florianópolis (R$ 745,47) e Porto Alegre (R$734,28).

Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 524,99), Salvador (R$ 560,39) e Recife (R$ 561,57).

A comparação do valor da cesta em 12 meses, ou seja, entre março de 2022 e março de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preços, com variações que oscilaram entre 11,99%, em Aracaju, a 29,44%, em Campo Grande.

Variação de preços

Assim como em 2021, o ano de 2022 está sendo marcado pelo aumento expressivo do preço dos itens da cesta básica. Café, feijão, açúcar e carne bovina, alimentos tão essenciais na dieta do brasileiro, foram etiquetados com valores exorbitantes, obrigando o cidadão, que já ganha tão pouco, a abdicar do direito de levar um produto de qualidade para casa.

O preço do feijão aumentou em todas as capitais. Para o tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, as altas oscilaram entre 1,43%, em Recife, e 14,78%, em Belo Horizonte.

O óleo de soja registrou aumento em todas as capitais, entre fevereiro e março. As variações positivas oscilaram entre 2,81%, em Belém, e 15,89%, em Salvador.

O preço do quilo do pão francês aumentou em todas as cidades, em consequência da redução da oferta de trigo no mercado externo, uma vez que Rússia e Ucrânia estão entre os maiores produtores mundiais do grão. As altas mais expressivas foram observadas em Aracaju (6,63%), Goiânia (6,36%), Porto Alegre (6,13%) e Natal (5,87%). Também a farinha de trigo, coletada na região Centro-Sul, apresentou elevações expressivas, com destaque para as taxas de Vitória (9,30%), Campo Grande (8,90%), Goiânia (5,75%), e Porto Alegre (5,30%).

O valor médio da farinha de mandioca, pesquisada no Norte e Nordeste, teve elevação em todas as cidades. As maiores variações foram registradas em Aracaju (13,52%), João Pessoa (8,94%) e Fortaleza (4,89%). A menor oferta da raiz e o clima desfavorável elevaram os preços da farinha no varejo.

O preço do quilo do tomate apresentou alta em 16 capitais, exceto em Aracaju (-2,52%). As principais elevações ocorreram em Curitiba (57,73%), Campo Grande (51,74%), Rio de Janeiro (47,31%), Florianópolis (36,24%) e São Paulo (35,36%). O menor volume de tomates ofertados, com a aproximação do final da safra de verão, provocou o aumento nos preços do fruto.

O leite integral registrou elevação de preços em 16 cidades, em março. As maiores altas aconteceram em Belo Horizonte (13,09%), Porto Alegre (9,84%), Vitória (9,17%), Curitiba (8,73%) e Goiânia (8,37%).

Em março de 2022, o preço do quilo do açúcar subiu em 15 capitais, não variou em Brasília e diminuiu em Vitória (-0,77%). As altas mais importantes aconteceram em Salvador (3,13%), Natal (2,31%) e Belo Horizonte (1,71%). A entressafra de cana reduziu a oferta e elevou os valores no varejo.