Caceteiras servem de inspiração para cartaz oficial do Fasc 2018

A Prefeitura de São Cristóvão retomou este ano o concurso de cartazes para o Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc). Esta era uma tradição que acompanhava o evento desde a sua criação em 1972. A organização do concurso era feita pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), por meio do Centro de Cultura e Arte (Cultart), e também servia como uma forma de divulgar o trabalho desses artistas, valorizando as artes visuais sergipanas.

O design de interiores e artista plástico Jorge Luiz Barros lembrou do alvoroço causado pela abertura dos concursos dos antigos cartazes entre os artistas visuais sergipanos. Para ele, ter sido escolhido nas edições de 1978 e 1986 contribui para enriquecer o seu portfólio.

“O Fasc mexia com os artistas de todo o Brasil. Não era apenas um evento, mas um movimento composto por artistas de várias modalidades e regiões brasileiras, e ter sua obra escolhida para ser a cara do festival naquela época era um prestígio indescritível. Acredito que ter tido minhas obras selecionadas em dois momentos do evento ajudou tanto para a minha formação artística, como também para que outros olhares pudessem apreciá-las”, relembrou Jorge Luiz Barros.

Este ano, o concurso de cartazes foi aberto no mês de agosto e teve como tema: “Uma Cidade Onde a Cultura Impera, a Violência não Vira Espetáculo”. Participaram peças de artistas plásticos, designers, publicitários, profissionais de comunicação visual e interessados em geral. O resultado foi divulgado no dia 20 de setembro, tendo como vencedor Canijan Oliveira. A inspiração do artista, que é aracajuano, foram as manifestações folclóricas de São Cristóvão, em especial as Caceteiras de Mestre Rindú.

“Foi uma surpresa ter vencido o concurso deste ano. Eu não sabia da existência do certame, então uma professora me falou do edital e decidi me inscrever e participar. Já havia visitado São Cristóvão algumas vezes e fiquei encantado pelas Caceteiras de Mestre Rindú, tanto que elas serviram de inspiração para compor o cartaz. No início achei que talvez o meu cartaz não fosse selecionado, porque sou tatuador e as técnicas que utilizamos em nosso desenhos nem sempre é bem vista pelos críticos mais conservadores, mas percebo também, que hoje há uma espécie de migração de artistas das mais diversas modalidades visuais para a tatuagem, e vice e versa”, frisou Canijan.

Este ano a 35ª edição do Festival de Artes de São Cristóvão, acontecerá nos dias 15,16,17 e 18 de novembro, em vários pontos do Centro Histórico da Cidade Mãe. A programação será composta por mais de 100 artistas dos cenários nacional e local, nas mais diversas modalidades e expressões artísticas brasileiras, confira a programação completa:

Quinta-feira (15 de novembro)

II Fórum Pensar São Cristóvão: (Organização da UFS – em breve divulgaremos a programação completa).
Palco Frei Santa Cecília (Praça do Carmo): Projeto Musical Breaktime Red Bull.
Salão de Literatura José Augusto Garcez (Largo da Matriz): Feira da Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”, Intervenção Musical Solo de gaita – Matheus Santana, Oficina de Poesia e Fanzine com Clara de Noronha e Líria Regina, Intervenção poética “Extremamente barulhento; certos assuntos, por exemplo”, com Pedro Bomba; lançamentos de livros Edise e UFS.
Cine Trianon (Teatro Elic): Mostra de Filmes Franceses Documentário “Maio de 68, uma estranha primavera” – 90′, debate sobre o documentário e as manifestações que aconteceram na França em 1968.

Salão de Artes Visuais Vesta Vianna: Exposição de Artes com os artistas: Edidelson Silva, Elias Santos, Wécio Santos, Beto Ribeiro, Naldo Teles, Jorge Luiz Barros, Fillippo Garrone, oficina de Grafitte com Buga, show com Danilo Duarte.
Beco do Amor (Largo do Amparo): Mostra Aliança Francesa – com finalistas do Festival da Canção Francesa.
Cortejo: Banda de Pífano de Aracaju, Caceteiras de Mestre Rindú, Samba de Pareia de Laranjeiras.
Casa do Folclore (exposição permanente durante todo o evento): Exposição 40 anos do Grupo de Teatro de Bonecos Mamulengo de Cheiros.

Sexta-feira (16 de novembro)

Palco João Bebe-Água (Praça São Francisco): Lira Sancristovense, Samba do Arnesto, The Baggios, Baiana System, DJ Vinicius Big John.
Palco Frei Santa Cecília (Praça do Carmo): Samba de Coco da Ilha Grande, Sergival, Luedji Luna, Coutto Orquestra.

Salão de Literatura José Augusto Garcez (Largo da Matriz): Feira da Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”, Recital Garcez Literário com Gabriel Alves da Fonseca, oficina “Cordelistas na Peleja com Xilogravuras”, bate-papo Literatura Alternativa com Juliano Becker, Germana Araújo e Daniel Zanella (Jornal Relevo – PR).

Cine Trianon (Teatro Elic): Mostra Festivalzinho, Mostra Curta-SE Festivalzinho (Infantil), Ocupe Cidade – 20′; Ontem eu tive que morrer – 17′; Rural do Forró – 17′; Todas as cores em derredor – 23′; Dom Quixote Sergipano – 23′.
Salão de Artes Visuais Vesta Vianna: Exposição de Artes permanente, oficina de lambe-lambe com Glasdston Barroso.
Palco Antônio Mariano (Praça da Bíblia): O Grande Circo Gentil: Cigari, Mãos que pensam, corpo que fala: Academia Só Dança, Aline Serze Vilaça.
Beco do Amor (Largo do Amparo): Vinícius Crispim, Dami Dória Quarteto, Bob Lelis e a Rural do Forró.
Cortejos: Samba de Coco da Mussuca, Parafuso, Afro Reggae, Oxalufã.
Igreja do Rosário: Renantique, DTabebuia Duo.

Sábado (17 de novembro)

Palco João Bebe-Água (Praça São Francisco): Orquestra de Atabaques de Sergipe, Quinteto de Metais Del Rey, Lenine, Céu, DJ Kaska.
Palco Frei Santa Cecília (Praça do Carmo): Samba de Moça Só, Casco, Banda Eddie, Kilodoinhame.
Salão de Literatura José Augusto Garcez (Largo da Matriz): Feira da Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”, Contação de histórias com Adriana Alencar, Oficina de Fanzine: Zé Luciano; Mulheres na Cena: Cordel e RAP com Izabel Nascimento e Bruxas do Cangaço, O Repente, com Vem Vem do Nordeste.
Cine Trianon (Teatro Elic): Mostra Festivalzinho; Mostra Curta-SE Festivalzinho (Infantil), Mostra Cinema Universitário UFS.
Salão de Artes Visuais Vesta Vianna: Exposição de Artes permanente, Sarapatel Filosófico.
Palco Antônio Mariano (Praça da Bíblia): Figo da Figueira: Grupo de Teatro de Bonecos, Mamulengo de Cheiroso, Cenário da Vida: CIA de Dança Nelson Santos.
Beco do Amor (Largo do Amparo): Voodoo Cigano, Arthur Matos, KombiSoul.
Cortejos: Reisado de São Cristóvão, Carimbó, Banda de Fanfarra Araceles, Banda de Afoxé Omo Oxum.
Igreja do Rosário: Vozes da Vitória Guga, Montalvão.

Domingo (18 de novembro)

Palco João Bebe-Água (Praça São Francisco): Orquestra Cajuína, Cidade Dormitório, Chico César, Mart’Nália.
Palco Frei Santa Cecília (Praça do Carmo): Anne Karol e Os Afrodrums, Patrícia Polayne, Rincon Sapiência, Papudo Gil e Banda.
Salão de Literatura José Augusto Garcez (Largo da Matriz): Feira da Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”, Cantoria para criançada com o espetáculo “Faz de Conta”, Guil Costa, Intervenção “Literatura e Mulheres Negras” com Coletivo Coralina Maria de Jesus de Pesquisa em Jornalismo e Cultura, Bate-papo com Euler Lopes sobre textos dramatúrgicos, Contação de estórias como mediação de leitura: Luiz Carlos Nascimento Hora, apresentação musical: Victor Hugo.
Cine Trianon (Teatro Elic): Mostra Festivalzinho; Mostra Curta-SE Festivalzinho (Infantil), Mostra Cinema Acessibilidade (para deficientes auditivos e visuais);
Salão de Artes Visuais Vesta Vianna: Exposição de Artes Permanente, Oficina Arte em Bordado com Naldo Teles, Batalha de Rap.
Palco Antônio Mariano (Praça da Bíblia): Evelise Batistel: Dança Cigana, O Auto da Compadecida: O Julgamento – Cia. Teatral Loucos por Loucos.
Beco do Amor (Largo do Amparo): Pífano de Pife, Luno Torres.
Cortejos: Samba de Coco da Paz, Taieiras de São Cristóvão, Afoxé de Preto.
Igreja do Rosário: Tríade BR, Grupo Chorinho Cidade Histórica.