Bancários de SE entrarão em greve na próxima terça-feira por não terem reivindicações atendidas
Os bancários de Sergipe decidiram por unanimidade, durante assembleia realizada na noite desta quinta-feira, rejeitar a proposta de 5,5% de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Por não terem as reivindicações atendidas, a categoria aprovou ainda a adesão à greve nacional a partir da próxima terça-feira, 06. Já os funcionários do Banco do Estado de Sergipe (Banese) realizaram uma assembleia específica e optaram em aceitar a proposta que fora apresentada pelo banco estadual e ficarão de fora da paralisação.
"Em Sergipe, com a exceção do Banese, aprovamos a greve para pressionarmos os banqueiros a apresentar uma proposta melhor, acima da inflação", afirmou a presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Ivânia Pereira.
Uma nova assembleia está marcada para acontecer na próxima segunda-feira, quando o SEEEB/SE reunirá os bancários para tratar sobre a organização da greve.
Cofres cheios
De acordo com a presidente do SEEB/SE, mesmo após seis longas reuniões de negociação com os banqueiros, a classe patronal apresentou uma proposta "irresponsável, muito abaixo das nossas expectativas" que, segundo ela, "sequer repõe a inflação, hoje acumulada em 9,88%", explica.
Ivânia Pereira aponta ainda que os cinco maiores bancos no país lucraram, apenas no primeiro semestre deste ano, mais de R$ 36 bilhões de reais, totalizando um crescimento de 27,3% se comparado com o mesmo período em 2014.
"Na nossa Campanha, além de denunciarmos o adoecimento dos funcionários (fruto do assédio moral e das metas abusivas, inatingíveis), defendemos propostas que atendam os interesses da sociedade. Defendemos a redução das tarifas e dos juros. Criação de dois turnos de atendimento ao público, para acabar com as filas. Mais contratações de funcionários e melhoria da segurança nos bancos", pontua Ivânia.