Aracajuano mantém tradição junina com fogos e fogueiras
Ano após ano os mesmos rituais se repetem. Durante o período junino, o comércio de Aracaju ficam ainda mais movimentados. Os aracajuanos vão à procura de enfeites, vestimentas e alimentos, que caracterizem ainda mais a tradicional época festiva para os nordestinos.
Proveniente de uma tradição religiosa, a fogueira é um costume milenar que se mantém vivo. Preservar a herança histórica de acender fogueira, comer comidas típicas, reunir familiares e amigos foi o que levou o caseiro Antônio Mateus Dias ao Mercado Albano Franco para fazer compras. Para ele, esse momento é uma tradição familiar que não pode faltar. “Me criei acendendo fogueira nessa época, gosto muito e não deixo passar em branco para manter a tradição. Milho assado na fogueira, por exemplo, eu não dispenso”, ressalta.
A criatividade da população com os enfeites juninos costuma dar um charme especial às ruas e casas da cidade. As bandeirinhas, balões e chitas coloridas transformam a cidade em lindos “arraiás”. Essa tradição é ainda mais forte nas ruas do Santo Antônio, bairro onde nasceu Aracaju e tem nome de um dos santos festejados em junho.
O técnico agrário João Bosco Lima Vieira é amigo de uma família moradora do bairro e há anos festejam o período junino reunidos na calçada da casa, com fogueira acesa e comidas típicas. “Nós seguimos a tradição junina à risca. Queimar fogueira já deveria ser algo tombado como o nosso patrimônio cultural”, destaca.
Os fogos de artifício também não podem ficar de fora. Adultos e crianças se encantam com a variedade e o brilho das clássicas chuvinhas, dos famosos traques, busca-pés e vulcões. Na capital existem seis pontos regularizados para venda dos foguetes, são eles: bairro Lamarão, bairro José Conrado de Araújo (avenida Maranhão), conjunto Augusto Franco (avenida Josino José de Almeida), rótula do conjunto Orlando Dantas, bairro Coroa do meio (avenida Mário Jorge Menezes Vieira) e conjunto Brisa Mar (Zona de Expansão).
Fonte: PMA