Agentes do Cenam e Usipe paralisam atividades devido a corte no ticket alimentação
Da redação, AJN1
Cerca de 50 agentes de medidas socioeducativas da Fundação Renascer, que atuam no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) e na Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (Usip), paralisaram as atividades desde as 7h da manhã desta quinta-feira (15) por causa do corte do ticket alimentação.
O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança de Medidas Socioeducativa, Richarlyson Santos Hipólito, afirma que a categoria vai ficar com os braços cruzados por tempo indeterminado até que o problema seja solucionado.
“Estamos paralisados por conta da arbitrariedade da Fundação Renascer do Estado de Sergipe em cortar a nossa alimentação, a qual adquirimos justamente por termo de conduta entre a própria categoria, a Fundação Renascer e o Ministério Público do Trabalho. Com a retirada do ticket alimentação, estamos sem nos alimentar durante o expediente. Não temos como nos alimentar sem o ticket”, cobra o agente.
O diretor operacional da Fundação Renascer, Antônio Carlos Viana, explica que o atraso no repasse do ticket se dá em virtude de uma mudança no sistema para o auxílio alimentação e que tudo voltará ao normal até o final deste mês.
“Não foi um corte que aconteceu. Na verdade, nós temos feito um estudo nas questões orçamentárias e, inclusive, em diálogo com alguns membros da categoria, que sugeriram a mudança, esse cartão de ticket alimentação vai ser utilizado em auxílio alimentação a partir do final de outubro. Quando chegar ao final do mês, será pago o retroativo dos dias atrasados”, disse.
Terceirizados
Outra reivindicação da categoria é concernente à contratação de agentes terceirizados. “Há pessoas contratadas oriundas da Bahia, além de agentes do Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho, e não sabemos da índole de cada um deles, os princípios sociais ou mesmo o processo seletivo para atuar. Isso causa prejuízo à Fundação. Eles não têm preparo algum. Nós somos preparados a trabalhar em unidades socioeducativas, essas pessoas, não. Eles nem batem ponto”, denuncia o sindicalista.
O diretor da Fundação rebate o sindicalista. "O atendimento socioeducativo é de prioridade absoluta. Os terceirizados são pessoas com experiências e ficarão por tempo determinado até a realização de um concurso público.Os serviços deles são de extrema relevância, até mesmo no auxílio do agentes efetivos", disse Viana.
A Fundação Renascer tem 104 agentes. Segundo Viana, desses, 17 estão cedidos, oito afastados por problemas de saúde e seis em férias. Com os 50 em greve, restam, nesse momento, apenas 23 agentes em atividade.