Arcebispo-emérito de Aracaju, Dom Luciano José Cabral Duarte morre aos 93 anos

Da redação, AJN1
Morreu na tarde desta terça-feira (29), aos 93 anos, o arcebispo-emérito de Aracaju, Dom Luciano José Cabral Duarte. Segundo a Cúria Metropolitana, ele morreu em casa, em decorrência de falência múltipla dos órgãos, e já vinha sofrendo com problemas de saúde há seis anos, sendo, inclusive, portador de Alzheimer, doença neuro-degenerativa.
O corpo será velado a partir das 19h na paróquia Jesus Ressuscitado (bairro Jardins), onde serão celebradas cinco missas: hoje, às 20h e 22h, e amanhã (quarta), às 7h, 9h, 11h e 14h. Após a última celebração o corpo será trasladado para a Igreja São Salvador, local do sepultamento.
Dom Luciano foi o segundo Bispo Auxiliar (1966-1970), segundo Arcebispo Metropolitano (1971-1998) e adotou o lema episcopal “Scio cui credidi” (Sei em quem acreditei).
Breve biografia
Dom Luciano é filho de José de Góes Duarte e Célia Cabral. Foi batizado na Catedral Diocesana, em Aracaju, no dia 7 de fevereiro de 1925. Estudou na Escola de Aprendizes Artífices, depois Escola Técnica, hoje IFS, antes de ingressar no Seminário Menor do Sagrado Coração de Jesus, aos 11 anos. Em 1942, mudou-se para o Seminário de Olinda, em Pernambuco. Em fevereiro de 1945 transferiu-se para São Leopoldo (Rio Grande do Sul) onde concluiu os estudos eclesiásticos necessários para se tornar padre.
Foi ordenado sacerdote pelas mãos de Dom Fernando Gomes dos Santos, então bispo de Penedo, no dia 18 de janeiro de 1948. Padre Luciano iniciou suas atividades de sacerdote na Igreja do São Salvador.
O incremento das vocações sacerdotais e religiosas, a criação da Universidade Federal de Sergipe, a implementação de inúmeros projetos sociais, a fundação da PROCASE estão entre os incontáveis frutos do fecundo ministério episcopal de Dom Luciano José Cabral Duarte. Alguns dos aspectos mais relevantes do extraordinário pastoreio do segundo Arcebispo Metropolitano de Aracaju (1971-1998), foram extraídos do livro “Província Eclesiástica de Aracaju – Evangelizando para a vida”, da religiosa Maria Eleonôra de Jesus Morais (Irmã Morais).
Ainda como Bispo Auxiliar de Aracaju, na condição de Diretor da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe, como membro do Conselho Estadual de Educação de Sergipe, especificamente como Presidente da Câmara de Ensino Médio e Superior, e, posteriormente, como membro atuante do Conselho Federal de Educação, notabilizou-se pela maneira como se empenhou pela criação da Universidade Federal de Sergipe. Sua presença atuante foi deveras marcante para o advento da Universidade, inclusive incorporando-lhe a Faculdade Católica de Filosofia, a Faculdade de Serviço Social e o Colégio de Aplicação, este último por ele mesmo fundado.
Atualmente, vivia recluso na sua residência, devido ao seu frágil estado de saúde.