Transtorno do Espectro do Autismo
Na linguagem mais popular, o Transtorno do Espectro do Autismo é chamado simplesmente de “autismo”.
Você já deve ter conhecido ou visto alguma criança, adolescente ou adulto autista. Talvez tenha percebido que seu comportamento é diferente do comportamento da maioria das pessoas daquela faixa etária.
As pessoas autistas se comportam de forma diferente porque o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por causar dificuldades persistentes na comunicação e na interação social, padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamentos (Ex.: dificuldade para variar a alimentação), interesses ou atividades.
Segundo o site psiquiatrapaulista.com.br: “Meninos são comumente mais afetados que as meninas, numa proporção de 4 meninos para cada 1 menina. O comprometimento cognitivo vai depender do espectro em que cada um se encontra, mas de uma forma geral, cerca de 50% dos pacientes têm deficiência intelectual e os outros têm uma capacidade cognitiva na média ou acima da média. Alguns podem apresentar um perfil cognitivo irregular, com alguns pontos fortes e outros fracos no teste cognitivo.”
Na maioria dos casos, o TEA se manifesta na infância e têm como alguns sinais e sintomas:
Dificuldade em manter contato visual (olhar nos olhos), dificuldade no desenvolvimento da fala; fala ecolálica (repetição de frases em lugar da linguagem comum); movimentos repetitivos e/ou desenvolver posturas incomuns com as mãos ou com o corpo todo; não demonstra interesse em interagir com as pessoas; brinca sozinho (a) mesmo tendo pessoas ao seu redor; brinca com objetos que não são brinquedo e deixa os brinquedos de lado; dificuldade em variar a alimentação; uso de gestos e sons para se comunicar, ao invés de falar; a criança pode começar a falar e de repente parar ou regredir, como se estivesse “desaprendendo” a falar; andar nas pontas dos pés; não responde quando chamado (a) pelo nome; sensibilidade a barulho; dificuldade de lidar com mudanças na rotina; dificuldade de ter contato físico (abraçar, beijar); etc.
A ciência ainda chegou a uma conclusão sobre o que causa o TEA, mas os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em pessoas geneticamente predispostas. Embora nenhum destes fatores pareça ter forte correlação com aumento e/ou diminuição dos riscos, a exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias (como ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade (com idade gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (< 2.500 g), gestações múltiplas, infecção materna durante a gravidez e idade parental avançada são considerados fatores contribuintes para o desenvolvimento do TEA.
De acordo com o site ipemed.com.br: “A CID 11 reuniu todos os transtornos que fazem parte do espectro do autismo, como o autismo infantil, a Síndrome de Rett, a Síndrome de Asperger, o transtorno desintegrativo da infância (F84.3) e o transtorno com hipercinesia, por exemplo, em apenas um único diagnóstico: o TEA (Transtorno do Espectro do Autismo).
Com isso, as subdivisões passam a ser relacionadas exclusivamente com algum prejuízo da linguagem funcional ou deficiência intelectual. Segundo a OMS, a intenção por trás dessa alteração é a de facilitar o diagnóstico, evitar erros e simplificar a codificação, promovendo melhor acesso aos serviços de saúde.”
O diagnóstico do TEA é clínico e feito por equipe multidisciplinar, geralmente composta por: Neuropediatra ou Neurologista, Psicólogo (a) e/ou Neuropsicólogo, Fonoaudiólogo (a) e Terapeuta Ocupacional.
Se você conhece alguém que tem alguns dos sintomas citados aqui ou percebe que você mesmo (a) tem, sugira ou procure um (a) Neurologista ou Neuropediatra imediatamente.
Também é importante que as pessoas que convivem com um (a) autista tenham acompanhamento psicológico para lidar de forma leve com o dia a dia. Em todo caso, é sempre importante procurar um (a) psicólogo (a), afinal:
Fazer psicoterapia é o melhor presente que você pode se dar!