Luiz Eduardo Costa, ícone do novo jornalismo sergipano
Sergipe de tempos em tempos produz verdadeiros gênios, epítomes que fazem toda a diferença no campo em que atuam. Não seria despautério algum falarmos nesse ilustre personagem: Luiz Eduardo de Oliveira Costa. Nascido em Maruim na década de 1940, é jornalista dos mais brilhantes em idílico cenário telúrico, escritor prolífico se destaca também como membro atuante da ígnea Academia Sergipana de Letras. Colabora com seus preciosos textos para o Portal Infonet e escreve coluna prestigiada junto ao Jornal do Dia de forma dominical.
Luiz Eduardo Costa possui história que é paradigma. Filho de Seu Paulo Costa e de Dona Ana de Oliveira Costa, seguiu desde a tenra idade os passos da fé e perseverança cultivadas por seus genitores. Ambientalista dos mais ferrenhos, é considerado o melhor texto do bom jornalismo sergipano. Seu lado intelectual sempre aflorado se desperta principalmente no quesito defesa da nossa Sergipanidade e dos fascinantes costumes da população, matéria do qual é profundo conhecedor. Poucas vezes se viu um cara que tenha memória tão prodigiosa quanto é o seu radiante caso.
Dentre tantas condecorações, recebeu a distinta Medalha do Mérito Cultural Sílvio Romero, entregue a todos que ingressam na Academia Sergipana de Letras. Falando em ASL, Luiz Eduardo Costa ingressa nesse abrilhantado santuário no ano de 2005, ocupando a cadeira de número 14, cujo patrono é o artista plástico Horácio Hora. Quando entrou, ele atestou o quanto faz-se ícone tanto na imprensa sergipana quanto além-fronteiras. Talento nato, se realça pela sua análise flamejante, e, sobretudo, pela sísmica capacidade de síntese que impressiona.
A sua erudição é estrondosa e ao mesmo tempo singela. O cotidiano se transforma em algo extraordinário quando passa pelas vertentes da sua pena. Fatos históricos são destrinchados de forma modelar e única, bem como a elegância que se sobressai do seu modo de enxergar o mundo a sua volta. A imprensa sergipana se torna referencial no Brasil devido a pessoas como Luiz Eduardo Costa que prestam serviços inestimáveis a toda comunidade. Não é por acaso que ele entoa que a profissão jornalística e a perenidade do seu nobre ofício são, em verdade, deveres de ética e compromisso vital.
Podemos afirmar que Luiz Eduardo Costa é um contumaz rebelde. Sua insurgência é caracterizada pela busca duradoura de saber e consciência. Pense numa pessoa que continuamente tem algo novo a nos dizer, mas não é daqueles que nos fala de qualquer forma, displicente. Muito pelo contrário, ele nos atrai, nos magnetiza para sua teia de charme e boa educação que lhes são inerentes. Prova disso é o seu belo trabalho mais recente, intitulado “A casa lilás: memórias de um crime”, fruto de trabalho árduo, verdadeira aula de jornalismo investigativo, contextualizando magistralmente Aracaju, baseado em vastas pesquisas, depoimentos e coragem intelectiva do autor.
Conclui-se que seus impecáveis escritos pinçam a realidade para resgatar o lampejo pulsante da vida. O seu estilo inimitável ainda há de ecoar muito nas presentes e futuras gerações. Luiz Eduardo Costa é mestre que não deve nada a fantásticas mentes como Truman Capote, Norman Mailer, Tom Wolfe, Gay Talese, Joel Silveira dentre outros vultos. Quando nos deleitamos lendo seus textos, temos a indubitável certeza de que estamos na presença de um exímio escritor, àquele que não sabe apenas usar as palavras, mas, antes de tudo nos faz enxergar que o que é necessário mesmo é expor as almas como tão bem o faz!