Identidade – Quem é Jesus?
Segundo o dicionário Aurélio de português, a palavra identidade remete-se a “circunstância de um indivíduo ser aquele que diz ser ou aquele que outrem presume que ele seja”. Em termos práticos, isso quer dizer que, quando não conhecemos ou não temos o conhecimento correto da identidade de uma pessoa, de alguma forma nosso relacionamento com ela estará comprometido, seja pela distância de quando não se conhece o indivíduo ou pelo engano de quando se pensa conhecer.
Com relação a pessoa de Jesus, o raciocínio é o mesmo. Não é possível estabelecer um relacionamento concreto com Ele se não conhecermos sua identidade. Por isso é tão importante ter o conhecimento sobre o que os evangelhos falam acerca Dele, pois eles nos dão os subsídios necessários para conhecermos a verdadeira identidade de Cristo. Marcos, por exemplo, em seu evangelho, já nos dá grandes informações acerca de quem é Jesus revelando-o como o Rei (Messias) prometido que também é o filho de Deus.
Dessa maneira, vamos examinar, cinco maneiras pelas quais, Marcos para nos revela a identidade de Jesus. Cinco evidências que mostram que Jesus é realmente o único escolhido por Deus para ser o Messias prometido.
- Jesus tinha poder e autoridade para ensinar. No primeiro capítulo, versos 21 e 22 de seu evangelho, Marcos relata que Jesus entrou em uma sinagoga, que é um local de culto para os judeus, e começou a ensinar àqueles que ali estavam, os quais acabaram por ficar maravilhados com tamanha autoridade com que ensinava. Essa autoridade que maravilhou aqueles judeus, o diferenciou dos demais mestres que ali já haviam ensinado, isso porque os mestres que comumente ensinavam ali, lidavam com material de “segunda mão”, ou seja, confiavam nos grandes mestres do passado e limitavam-se a citá-los ou dar opiniões a respeito do que tais mestres haviam falado. Em contrapartida, Jesus começou a ensinar sobre coisas das quais aquelas pessoas nunca tinham ouvido antes. Elas estavam escutando a palavra de Deus pela boca do Filho de Deus. Ouviam a Palavra sendo ensinada por alguém que a vivia e isso era como acender uma luz na escuridão. Não é de se admirar que ficaram todos maravilhados com Suas palavras e perguntavam umas às outras: “Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade!” (Marcos 1.27).
Claramente, Jesus podia ensinar, mas mais que isso, Ele também vivia o que ensinava. Jesus definitivamente não era como nós. Somos incoerentes por natureza. Sabemos o certo e muitas vezes não o fazemos. Dizemos aquilo que os outros precisam fazer, mas não conseguimos realizar o mesmo. Discutimos a desigualdade social, mas somos egoístas e consumistas. Ensinamos acerca do perdão, mas somos orgulhosos e não conseguimos perdoar. Falamos sobre o amor, mas temos rancor. Acreditamos na vida eterna, mas queremos viver na terra. Somos tristemente incoerentes!
Em Jesus Cristo não habitou a incoerência. Ele foi o único que viveu perfeitamente tudo aquilo que ensinou. Em contrapartida, nós não conseguimos fazer o mesmo. Por isso o evangelho sempre será maior do que nós, porque estamos sempre buscando aprender dele para viver como Cristo.
É nos evangelhos que temos as evidências de que de fato, Jesus vivia tudo aquilo que ensinava: Ensino de Jesus: Se for ferido na face, ofereça a outra. (Mateus 5:39). Prática do ensino. Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos. “Ele não cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua boca”. Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça. (1 Pedro 2:21-23)
Ensino de Jesus. Perdoar a ofensa uns dos outros. (Mateus 6:14,15). Prática do ensino. Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. (Lucas 23:34).
Ensino de Jesus. Não ajudar as pessoas para ser visto por outros. (Mateus 6:1). Prática do ensino. Jesus ordenou-lhes que não o contassem a ninguém. Contudo, quanto mais ele os proibia, mais eles falavam. (Marcos 7:36)
Ensino de Jesus. “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. (Mateus 6:19-21). Prática do ensino. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. (Mateus 8:20).
Ensino de Jesus. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. (Mateus 6:33). Prática do ensino. Disse Jesus: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra. (João 4:34)
Ensino de Jesus. Então Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará. (Mateus 16:24,25). Prática do ensino. Levando a sua própria cruz, ele saiu para o lugar chamado Caveira ( que em aramaico é chamado Gólgota). Ali o crucificaram, e com ele dois outros, um de cada lado de Jesus. (João 19:17,18).
Aqui estava um mestre que ensinava com poder e autoridade, e também vivia o que ensinava. Mas Jesus não era apenas um mestre…