Fábio Henrique: discurso e ação fundamentados na realidade
Anderson Christian
christianjor@gmail.com
Existe um ditado norte-americano bem bonitinho que diz mais ou menos o seguinte: “quer entender minha vida, calce meus sapatos e caminhe uma milha”. Por aqui, ainda na seara calçadista, temos outra pérola da sabedoria popular: “cada um é que sabe onde o sapato aperta o calo”. Em ambas as situações, o que se quer dizer, e se diz de maneira clara, é que só mesmo quem vive o que viveu é que sabe pelo que passou. Assim, a experiência em quaisquer situações, a vivência efetiva dos problemas e a busca pelas suas respectivas soluções é que dá um embasamento poderoso que, em última análise, garante a construção da personalidade de cada um e isso, por sua vez, fundamenta os comportamentos individuais. E aplicar isso tudo na atividade política é possível? Claro que é! Senão, vejamos: a coluna teve acesso a um material de divulgação do mandato do deputado federal Fábio Henrique (PDT). Material objetivo, bem feito e que fez saltar aos olhos do colunista essa reflexão, pois você, leitor e leitora, pode gostar ou não de Fábio Henrique enquanto parlamentar, votar ou não, apoiar ou não suas atuações e bandeiras no Congresso Nacional. Mas o que ninguém pode é desconsiderar a história pregressa de Fábio na vida pública. E é justamente nesse ponto que a coluna inicia a reprodução do conteúdo da assessoria do deputado, pontuando opinativamente quando avaliar necessário. “Por conhecer a importância da educação para os municípios e a necessidade de mais investimentos, o deputado federal Fábio Henrique (PDT) organizou uma audiência com vários prefeitos sergipanos no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, na manhã dessa quarta (16)”. Até aqui, nada demais, tudo protocolar como costumam ser esses materiais informativos. Mas esse trecho inicial serve para esclarecer de que tipo de ação se trata, o que será muito importante para a análise que a coluna pretende fazer. Sigamos. “Durante o encontro, foram discutidas as situações de cada município com o diretor Garigham Amarante. “Foi uma audiência muito boa, em que os municípios apresentaram suas demandas, receberam as informações necessárias sobre a burocracia, para que consigam obter escolas e equipamentos para melhorar a educação””. Essa fala, do deputado Fábio Henrique, segue o protocolo, mas também ajuda na construção do argumento inicial: Fábio, por ter sido prefeito de um município do porte de Socorro, eleito e reeleito, sabe, pela própria experiência, pelo “aperto do calo”, que não há como vencer a burocracia em Brasília sem que se tenha informação suficiente para fazer tudo certinho, exatamente como manda o figurino burocrático, ora pois! Agora, do ponto de vista do colunista, o que chamou a atenção a ponto de entender que essa ação do mandato de Fábio Henrique mereceria uma análise mais detalhada foi a frase a seguir, retirada do material informativo: “Sou defensor do municipalismo, fui prefeito e sei a importância”. Lembra a provocação que a coluna fez de que não se trata de gostar, aprovar, votar ou não em Fábio, mas que o que não é possível é extirpar a história político-administrativa dele? Então, ao encaminhar demandas municipalistas em Brasília, levando prefeitos à fonte dos necessários recursos, seja na educação, como neste caso, seja em qualquer outra área da administração pública, Fábio Henrique, além de fazer o seu papel, respeitando o salário que todos nós pagamos para ele ser deputado federal, respeita a sua história, comprovando que, por ter “calçado os sapatos” de prefeito, entende como tudo funciona e não se furta em colocar seu mandato a disposição de quem, como ele, sentiu “o calo apertar” no âmbito administrativo municipal. Pra terminar, mais um trecho da assessoria. “Participaram da reunião os prefeitos Givanildo Costa, de Salgado; Petinho de João Grande, de Riachuelo; Zé Rosa, de Siriri; Guilherme Jullios, de Pirambu; Robson Martins, de Ilha das Flores; e Magno Monteiro, prefeito em exercício de Rosário do Catete. Também estiveram presente o presidente da Federação dos Municípios (Fames), Cristiano Cavalcante; e representantes dos municípios de Itabi e General Maynard”. Algum desses gestores, ex-gestores e assessores passam a ter a obrigação de votar em Fábio Henrique no ano que vem? Lógico que não, pois atuação parlamentar, administração municipal e eleições são coisas obviamente diferentes umas das outras. Mas é justamente por isso que a ação de Fábio Henrique nesse episódio específico merece, além da análise feita até aqui pela coluna, todos os elogios possíveis. É que ele não se fiou na questão eleitoral, mas numa empatia óbvia, mas nem sempre colocada em prática. Afinal, por ter sido prefeito, por ter vivido o que viveu, por ter encarado os problemas que encarou, nada mais justo do que, sabendo aonde “o calo aperta”, Fábio Henrique utilizar seu mandato otimizar gestões municipais sergipanas. Simples assim!
Compliance
Foi aprovado na Alese Projeto de Lei para proteger a administração pública estadual dos atos lesivos que resultem em prejuízos financeiros causados por fraudes contratuais oriundas da iniciativa privada.
Compliance 2
“Essas práticas devem ser orientadas pelo Código de Conduta e pelas Políticas da Companhia, cujas ações estão especialmente voltadas para o combate à corrupção”, enfatizou o deputado Garibalde Mendonça (MDB).
Compliance 3
Garibalde apresentou o projeto com os deputados Luciano Bispo (MDB) e Rodrigo Valadares (PTB), e diz que o compliance reduz a incidência de desvios de recursos.
Compliance 4
“Estudos comprovam que o grau de satisfação das pessoas, de fidelização, comprometimento e rendimento do trabalho é maior dentro de Organizações com forte cultura ética”, conclui Garibalde.