Emília Corrêa e a precaução que não tem nada de exagerada

Anderson Christian

christianjor@gmail.com

A frase é conhecida demais: “os primeiros a parar e os últimos a retornar”. Sim, se trata do setor de eventos, festivos de negócios e de todas as outras modalidades. Esta coluna mesmo já abriu espaço para debater esse assunto em diversas oportunidades. E é claro que esse segmento é um dos mais prejudicados dentre todos os que compõem a economia. Tipo assim: não foi preciso decretar lockdown ou isolamento social em relação a festas porque, antes de mais nada, o que está no centro da estratégia de combate à Covid-19 é a não aglomeração sob nenhuma hipótese. Como fazer um festa sem aglomerar? Como fazer uma feira de negócios, uma convenção, sem aglomerar? Dessa forma, esse seguimento inteiro migrou para a internet, para as lives, mas a não ser que se trate de um grande artista ou de um evento de negócios com alto poder de atração, as transmissões via internet não despertam a mesma atenção da população e ponto. Nem há o que se discutir. Por isso que o apoio governamental a esse setor não é nem um favor, é uma obrigação mesmo, especialmente pelo quantitativo gigantesco de empregos gerados nesses mesmos eventos. Mas, como governos nem sempre têm disposição para colocar a mão na massa, agora tem surgido uma ideia que se pretende “salvadora”: os tais dos eventos-teste. Inicialmente, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (MDB), começou a falar em fazê-lo, numa espécie de carnaval fora de época, talvez ainda nesse segundo semestre. Olha, nada contra o prefeito, nada contra o carnaval e muito menos contra a Cidade Maravilhosa. Mas, pelo ritmo da imunização através de vacina, é de se parar para analisar: o setor de ventos não poderá ficar parado para sempre, né isso? Tudo bem, tudo certo, mas imaginemos a seguinte situação: determinado município faz um evento-teste, em seguida, por alguma razão, inclusive a evidente aglomeração que surgirá desse tipo de evento, a Covid volta a crescer nessa cidade e o número de mortos aumenta. De quem será a culpa? Claro que o governante da vez tirará o corpo de banda, dirá que autorizou “para ser um teste” e o vilão será… o setor de eventos, ora bolas? Por isso que o colunista fica com a opinião sincera, direta e equilibrada da vereadora de Aracaju Emília Corrêa (Patriota), que usou o assunto como pauta do seu discurso no Legislativo Municipal por se preocupar e que com o avanço da vacinação em todo país, o mau exemplo de realização de “evento-teste” com aglomeração aconteça em outras cidades. “Um carnaval? O Brasil ainda não está com capacidade para fazer nenhum ‘evento-teste’ com aglomeração. Sei que lá já estão bem mais à frente que a gente com relação a vacinação, mas, de uma forma geral, não podemos afrouxar as medidas de restrições e regredir. Setembro é bem alí”, pontuou Emília em material espalhado pela sua assessoria pra toda a imprensa. “Segundo a líder da oposição na Câmara, existem inúmeras prioridades, isso, a nível nacional, para serem colocadas em ordens, ao invés dos gestores estarem pensando em ‘eventos-testes’. “Mesmo que digam que terá todo cuidado com testes e pessoas vacinadas, o momento não permite. Não é conveniente. Ainda não estamos nesse patamar, infelizmente. Escolas, comércio, por exemplo, são dois fatores que devem ser priorizados. Ainda há muita coisa a ser feita para dar segurança para população”, declarou. Emília ainda destacou o perigo de ocorrer mutações do vírus. “Mesmo com a população daquela cidade toda vacinada, como está previsto, nada impede que exista a mutação do vírus, o que só agravará a situação. Acho tudo isso muito precoce. Cautela é a palavra vez. Temos que ter paciência”, afirmou”. E é exatamente essa palavra que deve ser usada: paciência. E é óbvio que o setor de eventos vem tendo. Mas, para depois não sair como culpado no caso da pandemia não arrefecer, esse setor terá que, mais uma vez, ter um pouco mais de paciência. Se Deus quiser, ano que vem poderemos voltar as festas. Até para celebrar o fato de chegarmos no ano que vem vivos! Simples assim!

Falou e disse!

A fome corrói. A fome mata e, quando não mata, piora a qualidade de vida das pessoas. A alimentação é um direito assegurado na Constituição Federal. Nosso dever, enquanto agente público, é lutar para assegurar que todos os brasileiros possam se alimentar”.

Falou e disse! 2

A afirmativa acima é da senadora Maria do Carmo (DEM), ao falar sobre dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, no Brasil. Segundo os números, cerca de 19 milhões de brasileiros passaram fome nos últimos meses de 2020.

Falou e disse! 3

A análise realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, ainda, mostrou que, nesse mesmo período, 55,2% dos domicílios do país passaram por algum tipo de falta de alimento. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, por dia, 15 brasileiros morreram por desnutrição.

Falou e disse! 4

Precisamos de ações que identifiquem os lares brasileiros que passam por qualquer grau de insegurança alimentar para que o poder público possa garantir a implementação de Políticas Públicas que possam levar o alimento para cada um desses brasileiros”, defendeu Maria.

FRASE

“Ações que identifiquem lares brasileiros que passam por qualquer grau de insegurança alimentar”

Maria do Carmo, senadora

Sobre necessidade de políticas públicas de combate à fome

Autor

Anderson Christian

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