Eleições Estaduais em Sergipe (Senador)

Continuando a abordagem das eleições em Sergipe, neste ensaio descreverei as informações dos resultados das eleições em Sergipe específicas para Senadores da República.

Conforme informado pela Agência Senado, na atualidade, o sistema utilizado nas eleições para o cargo de senador é o majoritário. É eleito o candidato que obtiver o maior número dos votos apurados no estado em que concorre. O mandato dos senadores é de oito anos, mas as eleições para o Senado acontecem de quatro em quatro. Assim, a cada eleição, a casa renova, alternadamente, um terço e dois terços de suas 81 cadeiras.

Neste período, 1950 a 2018, em Sergipe, três candidatos conseguiram êxito em três eleições para Senador, a saber: Lourival Batista, Antônio Carlos Valadares e Maria do Carmo Alves. Maria do Carmo Alves primeira mulher eleita para o Senado por Sergipe, sempre foi eleita sozinha; Lourival Batista sempre foi eleito com outro, mas sempre como o mais votado e; Antônio Carlos Valadares, sempre foi eleito junto com outro, ficando em primeiro lugar nas suas duas primeiras eleições para o Senado e ficando com a 2ª vaga na sua última eleição que ganhou para o Senado.

Foram eleitos em duas eleições neste período de análise (1950 a 2018), os Senadores Júlio César Leite e Albano Franco. Júlio César Leite ganhou uma vez sozinho e em outra eleição ficou com a segunda vaga; já Albano Franco foi eleito sozinho nas duas eleições que venceu para o Senado. Leandro Maciel também foi Senador por duas vezes, porém a 1ª vez foi em 1934, período anterior aos fatos históricos aqui descritos.

A sequência histórica dos Senadores eleitos em Sergipe de 1950 a 2018 é a seguinte: 1950 (Júlio César Leite), 1954 (Lourival Fontes e Augusto Maynard Gomes), 1958 (Heribaldo Vieira), 1962 (Francisco Leite Neto e Júlio César Leite), 1966 (Leandro Maciel), 1970 (Lourival Batista e Augusto Franco), 1974 (Gilvan Rocha), 1978 (Lourival Batista e Passos Porto), 1982 (Albano Franco), 1986 (Lourival Batista e Francisco Rollemberg), 1990 (Albano Franco), 1994 (Antônio Carlos Valadares e José Eduardo Dutra) e 1998 (Maria do Carmo Alves), 2002 (Antônio Carlos Valadares e José Almeida Lima), 2006 (Maria do Carmo Alves),  2010 (Eduardo Amorim e Antônio Carlos Valadares), 2014 (Maria do Carmo Alves) e 2018 (Alessandro Vieira e Rogério Carvalho).

Até o momento, o recordista em votos para o Senado em Sergipe é Eduardo Amorim, nas eleições de 2010, ele obteve 625.959 (33,65% dos votos) e teve como suplentes Laurinho da Bonfim e Kaká Andrade. Do ponto de vista de vitória por proporcionalidade, foi Albano Franco nas eleições de 1982, ele conseguiu 76,18% dos votos para o Senado, equivalentes a 247.255 votos, registre-se que na eleição anterior de 1978, quando a escolha não era pelo voto direto da população, Albano Franco foi o 1º Suplente do Senador biônico – Lourival Batista.

A maioria dos Senadores eleitos nasceram no interior sergipano, apenas Albano Franco e Rogério Carvalho nasceram em Aracaju. E também tivemos Senadores eleitos que nasceram em outros estados, a exemplo de Lourival Batista (BA), José Eduardo Dutra (RJ) e Alessandro Vieira (RS).

Algum que é comum no Senado é que Ex Governadores concorram para a cadeira ou, que ex Senadores concorram para o Governo. Neste período de análise, 1950 a 2018, os seguintes Senadores também ocuparam a cadeira de Governador em Sergipe: Augusto Mayrnard Gomes (foi Governador por duas vezes antes do período desta análise), Francisco Leite Neto (foi Governador em 1945), Leandro Maciel, Lourival Batista, Augusto Franco, Albano Franco e Antônio Carlos Valadares também foram Governadores.

Um ponto importante de destaque nas eleições para o Senador é a questão da suplência. No ano de 1950, o suplente de Senador tinha votação direta. Na atualidade, o Senador eleito leva consigo dois suplentes, que nós também elegemos e que poderão ocupar o cargo, caso o titular da cadeira e que foi eleito precise de afastar por algum motivo, como doença, morte, cassação, renúncia, ou quando o Senador assume outros cargos, portanto em eleição é relevante saber quem são os Senadores candidatos na suplência.

No ano passado, a Senadora Maria do Carmo Alves tirou licença parlamentar e o 2º suplente Virgínio de Carvalho assumiu o mandato pelo período da licença, cabe destacar que o 1º suplente, Ricardo Franco, teve impossibilidade de assumir justificada, por isso que assumiu o 2º suplente.

Os suplentes do Senador Alessando Vieira são: 1º suplente – Fernando Carvalho e 2º suplente – Major Ildomário; já os suplentes do Senador Rogério Carvalho são: 1º suplente – Jorge Mitidieri e 2º suplente – Maria da Taiçoca.

Dessa forma, cabe lembrar que nas eleições que ocorrerão neste ano de 2022, onde teremos uma vaga para o Senado Federal, ao escolher um nome, também estaremos escolhendo mais dois nomes de suplência que é importante e fundamental que a população conheça quem são, pois eles poderão em algum ou qualquer momento assumir um dos mais importantes cargos da República. Registre-se que no passado, em algumas eleições a votação dos suplentes era em separado, por exemplo, nas eleições de 1958, o Senador Suplente eleito foi Albino Fonseca com 53.579 votos, enquanto que o Senador titular eleito foi Heribaldo Vieira com 55.999 votos.

Que as eleições para o Senado sejam profícuas e com bons candidatos e que os eleitos busquem fazer o melhor para o nosso país e o estado de Sergipe.

Autor

Saumíneo Nascimento

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