Eleição em Sergipe: leitura do cenário pela imprensa

Anderson Christian

christianjor@gmail.com

Esta série, Eleição em Sergipe, segue e, assim, almeja chegar até as próximas eleições. Mas a coluna já afirmou que, em verdade, considera que outubro de 2022 está efetivamente distante. Só que, para efeito de garantir um amplo debate, o colunista não se furta de buscar as mais variadas formas de tratar as próximas eleições da maneira mais clara e objetiva possível. Aí, matutando sobre como incentivar o debate, da parte de todos, e a reflexão da sua parte, leitor e leitora, surgiu mais uma ideia: como esta coluna jamais se furta em abrir espaço para que a produção textual de outros jornalistas seja aqui replicada, sempre dando os devidos créditos, como uma forma pluralizar o debate, não é que pode ser interessante republicar as avaliações e opiniões de muita gente boa que cobre e analisa a política sergipana? Pois é, diante dessa conclusão óbvia de que essa interação com outros textos, outras opiniões e visões de mundo de outros jornalistas é interessante e ajudará a enriquecer as discussões sobre as eleições do ano que vem, eis que a coluna incluirá na série Eleição em Sergipe justamente isso: mais e mais opiniões. E, para a nossa sorte, o texto que iniciará mais essa proposta da série em curso é da jornalista Rita Oliveira. Publicado originalmente no Jornal do Dia e no site dela, cuja a grafia do endereço eletrônico, para que ninguém erre e deixe de acompanhar o que pensa e avalia sobre a nossa política uma das figuras mais relevantes de nosso jornalismo, é rittaoliveira.com.br, certo? Assim mesmo, com dois T’s. E sob o título “Divergências de aliados”, Rita traça um cenário para 2022 que, concordando-se ou não, tem suas fundamentações. Assim, sem mais delongas, vamos ao que a querida Rita Oliveira escreveu. “Como a coluna já noticiou há um consenso hoje entre alguns aliados do governador Belivaldo Chagas (PSD) sobre a composição da chapa majoritária com o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) para o governo, o presidente da Assembleia Legislativa Luciano Bispo (MDB) para vice e o ex-deputado federal André Moura (PSC) para o Senado. Dois parlamentares, um federal e um estadual, disseram à coluna que não se deve esperar o próximo ano por uma definição do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) ou do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Ulices Andrade, sobre candidatura a governador. Entendem que é preciso definir ainda este ano o nome do agrupamento ao governo e já trabalhar em busca de apoio. O entendimento é que Edvaldo não vai querer confirmar interesse em candidatura a governador em plena pandemia e faltando um ano para as eleições. E Ulices não vai querer discutir candidatura este ano, pelo cargo de conselheiro. Avaliam ainda que o fato de Edvaldo seguir como prefeito de Aracaju e Ulices como conselheiro do TCE, restam três nomes no agrupamento para ser o candidato a governador: o senador Rogério Carvalho (PT), o deputado federal Laércio Oliveira (PP) e Fábio Mitidieri. O entendimento é que o PT já está fora da aliança desde 2020, quando lançou a candidatura a prefeito de Márcio Macedo para disputar contra Edvaldo Nogueira, que disputava a reeleição, e fez acusações a gestão estadual e municipal. E que Laércio se “queimou” com a reforma trabalhista, que chega a permitir, até, que mulheres grávidas trabalhem em condições insalubres. Na concepção dos dois parlamentares, que segundo eles, é o que pensa uma boa parte dos aliados, Fábio Mitidieri, dentro deste cenário político, é o nome que mais agrega. E que Luciano Bispo e André Moura somam como vice e senador respectivamente. Os dois parlamentares preveem que a eleição será polarizada entre Fábio Mitidieri e Rogério Carvalho, correndo por fora o senador Alessandro Vieira, pelo fato de não ter um grande agrupamento, enfrentar o desgaste de ter sido eleito na onda Bolsonaro e hoje fazer oposição. Já um presidente de partido da base governista avalia que não é conveniente para o governador bater o martelo este ano sobre a chapa majoritária, pelas dificuldades que pode enfrentar. “Acredito que ele vá empurrar com a barriga até abril do próximo ano, por não ter oposição. A oposição é dentro de casa. Não vai querer enfrentar dificuldades, nem criar problemas antes do tempo”, acredita. Enfatiza que Fábio Mitidieri é hoje um nome de consenso porque nem Edvaldo Nogueira nem Ulices Andrade manifestaram publicamente interesse em ser candidato a governador. Agora é aguardar setembro chegar, pois, com certeza, muitas conversas ocorrerão até ser batido o martelo…”. Falou e disse, Rita Oliveira! E aí, leitor e leitora, qual a sua opinião sobre as opiniões de Rita?

Valeu, Jair!

Morreu nesta sexta-feira (18) o ex-superintendente do BNB e ex-presidente do Banese, Jair Araújo de Oliveira. Segundo nota emitida pelo banco, “Jair, de 64 anos, presidiu o banco no período de 2003 a 2007. Reiteramos a importância da gestão dele para o Banese, ao tempo em que nos solidarizamos”.

Valeu, Jair! 2

Ele teve Covid-19 e acabou sofrendo complicações. Estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular há mais de um mês, em decorrência de uma forte anemia.

Valeu, Jair!3

Jair Oliveira foi superintendente do Banco do Nordeste em Sergipe e Alagoas, no final dos anos 90. Ocupou a presidência do Banese entre 2003 e 2006 e foi secretário de Finanças de Aracaju de 2015 a 2016.

Valeu, Jair! 4

Citando mais um jornalista nesta edição, o sempre preciso Jozailto Lima, em seu JL Política, foi certeiro sobre Jair: “Antes de ser um economista e um bancário de carreira muito bem-sucedida, sempre foi um camarada alto astral. Um típico homem bom”. Deixa esposa, quatro filhos e uma neta.

FRASE

“Antes do economista e bancário bem-sucedido, sempre foi um camarada alto astral. Um típico homem bom”

Jozailto Lima, jornalista

Sobre Jair Oliveira, cujo passamento ocorreu sexta, 18

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Anderson Christian

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