Contaminação alimentar: o que você precisa saber!

Quem nunca passou mal por algo que comeu? Quem nunca abriu a geladeira e percebeu que aquele produto que você queria tanto comer passou da validade? Quem nunca viu um alimento em estado meio duvidoso em um supermercado? Pois é, a contaminação alimentar pode acontecer em diversas situações, por isso devemos estar atentos e tomar os cuidados necessários para evitar a contaminação.

O contágio ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E. coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus), ou por suas respectivas toxinas, ou ainda por fungos ou por componentes tóxicos encontrados em certos vegetais e produtos químicos, causando mau cheiro, sabor ruim e modificando as propriedades dos alimentos. Às vezes essas modificações não são perceptíveis, o que é ainda mais perigoso. A contaminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conservação e/ou armazenamento dos alimentos.

Na maioria dos casos, uma infecção bacteriana é a principal causa da contaminação alimentar. As principais são: salmonella sp, escherichia coli, Staphilococus aureus e clostridium botulinum.

 

Principais sintomas

Muitas pessoas tentam descobrir o que as fez passar mal revendo o que ingeriram naquele dia ou no dia anterior. No entanto, é importante lembrar mais do que o cardápio de apenas um dia antes. Os primeiros sintomas provocados por algumas bactérias podem aparecer só 3 dias depois da ingestão do alimento contaminado. Independentemente do micro-organismo determinante, os sintomas mais comuns são: diarreia líquida, náusea, vômitos, cólicas abdominais e febre em alguns casos. Os sintomas podem durar de um dia a uma semana, em geral três dias. Alguns microrganismos podem causar sintomas mais graves, como distúrbios neurológicos, nos rins, no fígado, alérgicos, infecção generalizada, e até morte.

O maior risco para o paciente com contaminação alimentar é a desidratação decorrente de forte diarreia. Por isso, é importante ingerir líquidos, especialmente água e sucos. No caso de a diarreia persistir por mais de 7 dias ou se houver desidratação aguda, é necessário realizar exame de função renal. Por meio de uma amostra de sangue, é feita a avaliação do funcionamento dos rins, para verificar os níveis de sódio, potássio, ureia e creatinina, que acabam alterados quando há perda intensa de água.

 

Prevenção e cuidados

A prevenção está diretamente associada ao saneamento básico, aos cuidados no preparo dos alimentos e a medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro, higienizar os ingredientes com água sanitária diluída, armazenar sobras em recipientes vedados, esterilizados e datados, lavar bem as mãos e pulsos antes do preparo das comidas, não usar acessórios na cozinha, estar sempre com o cabelo preso e barba aparada, não manusear dinheiro e comida juntos, não fumar durante o horário de trabalho, manter as unhas curtas e sem esmaltes, adquirir alimentos de fontes confiáveis, cozinhar bem ovos e frango.

A grande dificuldade da prevenção é o fato de os alimentos contaminados não apresentarem sinais da presença do micro-organismo. Ao contrário, em geral, sua aparência, gosto e cheiro costumam ser absolutamente normais.

 

Recomendações

– Embale adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira ou no freezer;

– Lave os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com alimentos crus;

– Evite comer carne crua e mal passada qualquer que seja sua procedência; especialmente a carne e os miúdos de frango, assim como os ovos devem ser bem cozidos porque são os transmissores mais comuns da bactéria Salmonella;

– Não se esqueça de que ovos crus são ingredientes de pratos como a maionese e certos doces;

– Só tome leite fervido ou pasteurizado;

– Mergulhe verduras e hortaliças que serão ingeridas cruas numa solução de água com hipoclorito de sódio ou preparada com uma colher de água sanitária para cada litro de água;

– Não ingira alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas;

– Mesmo que estejam dentro do prazo de validade, não consuma alimentos que pareçam deteriorados, com aroma, cor ou sabor alterados.

Hoje muito se tem falado sobre ter uma alimentação saudável, rica em determinado ingrediente ou vitamina, acredito que mais importante do que isso é conscientizar e informar o consumidor sobre o produto que ele está levando até sua casa.

E não se esqueça, antes de começar qualquer tratamento dietético, sempre consulte seu (sua) nutricionista para saber qual a melhor forma e estratégia nutricional para resolver o seu problema. E lembre-se sempre: Dieta só com nutricionista!

Até a próxima!

Autor

Décio Santos

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