Como evitar gordura no fígado
A esteatose hepática, também conhecida como gordura no fígado, doença hepática gordurosa ou fígado gorduroso é um distúrbio que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado. O aumento de gordura dentro dos hepatócitos, constante e por tempo prolongado, pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para quadros graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer. As células que compõem esse órgão são infiltradas por células gordurosas e até certo ponto, é comum ter um pouco de gordura no fígado, no entanto, quando esses indicadores ficam muito elevados e o fígado fica muito comprometido por depósitos de gordura, é preciso iniciar um tratamento para esteatose hepática.
Normalmente, ela é causada por hábitos alimentares inadequados, sedentarismo ou obesidade. Também pode surgir como consequência da síndrome metabólica, que é quando se tem uma ou mais doenças associadas, como diabetes, colesterol alto e hipertensão. O uso de certos medicamentos, assim como a perda ou o aumento de peso súbitos, também podem causar a gordura no fígado.
Num número bem menor de casos, pessoas magras, abstêmias, sem alterações de colesterol e glicemia, podem desenvolver quadros de esteatose hepática gordurosa.
Sintomas de gordura no fígado
Nem sempre o paciente com gordura no fígado vai apresentar sintomas. Nos quadros leves, a doença é assintomática. Os sintomas aparecem quando surgem as complicações da doença. As queixas são dor, cansaço, fraqueza, perda de apetite e aumento do fígado. Os estágios mais avançados são caracterizados por inflamação e fibrose que resultam em insuficiência hepática. Os sintomas mais frequentes são ascite (acúmulo anormal de líquido dentro da cavidade abdominal), encefalopatia e confusão mental, hemorragias, queda no número de plaquetas, aranhas vasculares, icterícia.
O que comer
Frutas frescas e naturais: maçã, pera, abacaxi, pêssego, mamão, morangos, tangerina, laranja, graviola, limão, ameixa, etc;
Vegetais frescos: abobrinha, rúcula, espinafre, berinjela, alface, tomate, cebola, cenoura, agrião, etc;
Cereais integrais: arroz integral, pão integral, macarrão integral, quinoa, aveia em flocos, etc;
Proteínas com pouca gordura: ovos, frango e peixes de carne branca;
Leite e derivados com pouca gordura: leite e iogurte desnatados, e queijos brancos, como ricota, cottage e Minas frescal.
Além disso, alimentos ricos em gorduras saudáveis, como azeite, abacate, coco, amendoim, castanha, nozes e peixes ricos em ômega 3, como salmão e sardinha, podem ser consumidos, mas ajustadas na dieta.
Alimentos que devem ser evitados
Alimentos ricos em gordura: queijos amarelos, requeijão, bacon, cordeiro, picanha bovina, pele de frango, carne de porco, chocolate, manteiga e margarina;
Cereais refinados: arroz branco, macarrão branco, pão branco, etc;
Alimentos ricos em açúcar: biscoitos, sorvetes, doces em calda, geleias e sucos de fruta ou industrializados, como os de caixinha, garrafa ou sucos em pó;
Alimentos industrializados: molhos prontos, macarrão instantâneo, comidas do tipo fast food, comidas congeladas, etc;
Embutidos: presunto, peito de peru, blanquet de peru, salsicha, mortadela, salame, linguiça, lombo e copa, etc;
É também fundamental interromper o consumo de bebidas alcoólicas, como cerveja e vinhos, pois o álcool pode sobrecarregar o fígado, dificultando o tratamento.
Outras recomendações
Durante a dieta é importante beber bastante água ao longo do dia, sendo recomendado o mínimo de 2 litros por dia. Uma boa opção para aumentar o consumo de água é através da ingestão de alguns tipos de chás, como chá de boldo e chá verde, que além de serem hidratantes, também possuem propriedades que ajudam no funcionamento do fígado.
Além disso, é importante dormir bem e praticar regularmente atividade física. Esses são alguns hábitos saudáveis que ajudam no metabolismo de energia e na regulação de hormônios, contribuindo diretamente para diminuir a gordura no fígado.
Prevenção
O ideal é prevenir as causas possíveis de gordura no fígado, como obesidade, triglicérides e colesterol alto, diabetes, entre outros. A melhor forma de prevenir estes problemas é levando uma vida saudável, exercitando-se regularmente e mantendo uma alimentação equilibrada, rica em carboidratos integrais, gorduras boas e proteínas magras.
E não se esqueça, antes de começar qualquer tratamento dietético, sempre consulte seu (sua) nutricionista para saber qual a melhor forma e estratégia nutricional para resolver o seu problema. E lembre-se sempre: Dieta só com nutricionista!
Até a próxima!