Cautela: a euforia pode matar
A Assembleia Legislativa de Sergipe aprovou lei que libera o uso de máscaras em nosso estado e deixa o comitê de crise da COVID-19 determinar os locais onde será liberado o uso de máscaras.
É certo que já estamos com quase 80% da população acima de 18 anos vacinada com as duas doses, e que as taxas de contaminação e de óbitos caíram bastante, mas continuam existindo. As últimas informações no mundo é que os idosos acima de 80 anos estão retornando aos hospitais e UTI’s, e em razão disso, alguns países estão aplicando a segunda dose de reforço.
No Brasil ainda estamos tentando alcançar um número razoável de imunizados com a dose de reforço, e mesmo assim uma onda de euforia bafejada pela corrida eleitoral parece dizer que a pandemia acabou, e estão liberando o uso de máscaras até mesmo em locais fechados.
Os epidemiologistas advertem que ainda é cedo para tanta euforia. Os cuidados devem continuar e uma grande temeridade é exaltar essa sensação de que tudo acabou. A Organização Mundial da Saúde também manifestou preocupação com essa liberalidade, quando na China já tem o surgimento de novas cepas e que exigiu o lockdown em algumas cidades.
Essa euforia é mais preocupante quando em menos de um mês uma multidão estará nos sambódromos do Rio de Janeiro e São Paulo com os desfiles das escolas de samba no feriado de Tiradentes.
Pessoas do mundo inteiro estarão no Brasil nas folias de momo “fora de época”. E se isso é bom para o turismo, não será bom para a saúde.
Vejam o problema que teremos. A euforia pode matar. Portanto, ainda que liberem o uso de máscaras é preciso que cada um tenha consciência que não pode vacilar. Lugares públicos com muita concentração de pessoas, transportes públicos, taxis e aplicativos, por exemplo, o uso de máscara será uma barreira principalmente para os idosos, os que têm baixa imunidade e os portadores de doenças respiratórias.
Ninguém deve apostar na sorte, na loteria da vida não há vencedor. Cuide-se e cuide do outro. Não acreditem nos que procuram passar a ideia de que tudo voltou ao normal, porque não voltou. O mundo nunca será igual depois dessa trágica experiência em que apesar de tantas informações, uma guerra de notícias falsas e de informações truncadas ajudou muita gente a morrer e a ficar doente. Não vamos deixar isso se repetir.