Adailton Sousa e a aprovação inconteste dos itabaianenses

Anderson Christian

christianjor@gmail.com

Quem não sabe que Itabaiana respira política e, dessa forma, não há como dissociar gestão pública de disputas eleitorais? Na opinião da coluna, e isso num mundo ideal, passadas as eleições, os palanques deveriam ser desarmados de fato, não apenas nos discursos. Porque quando a disputa eleitoral perpassa para o mandato de quem venceu as eleições, o problema é que as demandas reais da população passam a um reprovável segundo plano, especialmente quando a oposição só se manifesta pelo viés eleitoral e a situação se preocupa em responder as críticas também por esse mesmíssimo viés. Aí acaba sendo um jogo de perde-perde para a população, ainda que, política e eleitoralmente, muitos agrupamentos tradicionais, ao longo dos anos, seja em Itabaiana, seja em muitas cidades sergipanas, tenham agido assim por entenderem que, para eles e tão somente para eles, seria um jogo de ganha-ganha ao não permitir que a população visse o quão importante é saber diferenciar o que é eleição do que é gestão. Na eleição até cabe a paixão, mesmo que a razão devesse prevalecer para o bem da coletividade. Agora, durante a gestão não é admissível que as pessoas permaneçam vinculadas as paixões políticas, uma vez que cabe à população analisar a administração em voga com os olhos da razão, pois é isso o que garante que o município avence e melhore a vida de quem vive nele. Simples assim, né não? Então, aqui, voltemos a Itabaiana. Até bem pouco tempo, mais precisamente até 2012, as gestões municipais itabaianenses eram coalhadas permanentemente pelos antagonismos eleitorais. Era só aquela coisa de um grupo contra o outro e do outro contra um. Não se avaliava as qualidades apresentadas pelas gestões, mas o quanto uma era antagonista da outra e ponto! Mais uma vez, e em respeito a história de Itabaiana e de todas as cidades em que a política é parte constitutiva da própria municipalidade, as rivalidades, as disputas, o calor dos debates em torno desse ou daquele agrupamento são saudáveis e necessários apenas durante as… eleições! Mas quando se trata de administração pública, do dia a dia de um mandato, é o interesse coletivo que importa, é a construção de uma realidade melhor para os munícipes que deve prevalecer. Pois bem, em 2013, quando começou em Itabaiana a primeira gestão do ex-prefeito Valmir de Francisquinho (PL), o cuidado com a cidade, a atenção para as necessidades da população, sobrepujaram fortemente as práticas anteriores de se administrar uma cidade com vistas a apenas fazer frente aos adversários políticos. E o resultado dessa transformação administrativa apresentou seus frutos: em 2016, Valmir se reelegeu e, em 2020, elegeu seu sucessor, o atual prefeito Adailton Sousa, também do PL. Claro que as disputas eleitorais foram intensas, que os eleitores tomaram suas posições, que os embates foram acalorados, sem dúvida alguma. Mas ao experimentar uma administração, a de Valmir, que priorizou, veja só, leitor e leitora, a administração pública em detrimento das disputas eleitoreiras e politiqueiras, o povo de Itabaiana acaba dando um exemplo que deve ser seguido por todos os sergipanos, de todos os municípios, e, por quê não?, por todos os brasileiros, em todos os rincões deste país. E a prova se dá através de números de pesquisa sobre administração e sobre desempenho do gestor realizada em Itabaiana, no início de junho deste ano, pelo Instituto Opinião. Olha só: os tempos são pra lá de bicudos, difíceis mesmo! Pois se o poeta vaticinou que “no meio do caminho tinha uma pedra”, a nossa realidade cruel vaticina que, no meio do caminho, há uma pandemia que insiste em não arrefecer seus ímpetos nefastos. Com isso, qual administração pública pode se considerar tranquila e sem dificuldades a resolver? Lógico que, ao menos em sã consciência, não há gestor que avalie sua própria gestão dessa forma, né isso? Mas há quem possa fazer essa avaliação, justamente por sentir na pele os resultados que toda e qualquer gestão oferece: a população. E é isso o que se depreende dos resultados para os primeiros seis meses da administração de Adailton Sousa em Itabaiana identificados pelo Instituto Opinião, pois a população aprova o que vê, o que sente e o que vive de forma inconteste. Os números falam por si! Em relação a administração pública em si, quando o questionamento foi sobre o desempenho da gestão, o que caracteriza uma análise mais institucional por parte da população, o Instituto Opinião apurou que os itabaianenses avaliam a atual gestão como sendo Ótima para 16,2%; e ela é considerada Boa para 39,2% dos entrevistados; é Regular para 21,3%; Ruim para 9,4%; Péssima para 6,3%; e Não Soube/Não Respondeu, 7,6%. Como se sabe, quando os índices de ótimo e bom superam os de ruim e péssimo, o resultado da avaliação regular se soma em termos de aprovação, algo que também ocorre quando se dá o inverso, ou seja, quando ruim e péssimo superam bom e ótimo. Por isso que, somando ótimo, bom e regular, a atual gestão itabaianense alcança impressionantes 76,7% de aprovação. E o que impressiona, nesse caso, não necessariamente surpreende, uma vez que a escolha do nome de Adailton nas urnas foi uma clara indicação de que o povo itabaianense desejava a continuidade do trabalho de Valmir e que Adailton representava exatamente isso. O que impressiona mesmo é que, num momento tão complexo de toda humanidade, a confiança de que o trabalho seguiria, de que Itabaiana não pararia de avançar, ganha confirmação e aprovação popular em apenas seis meses de gestão, uma vez que a aprovação direta do desempenho do prefeito Adailton Sousa atinge patamares muito similares aos que Valmir de Francisquinho também alcançou em 2013, nos seus primeiros seis meses de gestão. Para o povo de Itabaiana, quando perguntados se aprovavam ou não a gestão de Adailton, as respostas foram, mais uma vez, incontestáveis: 70,1% aprovam seu jeito de governar; 19,3% desaprovam; e Não Soube/Não Respondeu, 10,6%. Com números tão expressivos, só resta ao colunista reforçar os argumentos anteriormente apresentados: a população de Itabaiana, assim como dos demais municípios, na hora da disputa eleitoral, até se deixa levar pelas paixões. Mas, na hora em que a “onça bebe água”, ou seja, na hora de avaliar o desempenho administrativo, ao menos os itabaianenses mostram que o certo é focar na razão. Que o exemplo de Itabaiana deixe de ser exceção e se torne regra. Sem mais!

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Anderson Christian

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