Sergipe tem 110 casos confirmados de microcefalia, diz SES

Da redação Correiode Sergipe

Carolina Farias

O último informe epidemiológico realizado pela Secretaria do Estado de Saúde (SES), enviado semanalmente ao Ministério da Saúde, confirmou 110 casos de microcefalia em Sergipe. Os dados coletados na semana epidemiológica 23/2016 foram divulgados ontem, 15, e fazem parte da declaração de Emergência em Saúde Pública de Interesse Social, sendo a obrigação legal de todas as unidades de saúde notificar a SES após a identificação de qualquer caso suspeito.

Segundo o informativo, até o dia 13 de junho foram notificados 233 casos de microcefalia no estado de Sergipe, destes, dez evoluíram para óbito. Em relação ao informe anterior, não houve registro de casos novos notificados no sistema de Registro de Eventos em Saúde Pública –RESP/CIEVS/DVS. Os casos notificados estão distribuídos em 53 municípios sergipanos, sendo que 73 encontram-se em processo de investigação, 110 foram confirmados e 50 foram descartados. A região de Aracaju aparece com maior número de casos (84), seguida pelas Regiões de N. S. do Socorro (40), Estância (32) e Itabaiana (26).

No Brasil

Em todo o país, o Ministério da Saúde confirmou 1.581 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o país. O novo boletim registrou 3.308 casos descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso. Outros 3.047 permanecem em investigação. Ao todo, desde o início das investigações, em outubro de 2015, foram notificados 7.936 casos suspeitos de microcefalia em todo o Brasil, sendo o nordeste com a maioria dos casos com 5.935 casos notificados até hoje.

Todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas, estão sendo investigados pelo Ministério da Saúde. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

Prevenção

A orientação às gestantes é que adotem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.