Não há casos de febre amarela em Sergipe, garante SES

Da redação, AJN1
Após a confirmação de casos de febre amarela nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, inclusive com ocorrências de mortes de pessoas e macacos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirma que não há registros da doença infeciosa em território sergipano.
De acordo com a gerente do Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá, como o Estado não possui casos da doença infecciosa, as vacinas contra a febre amarela só são disponibilizadas em unidades da rede de atenção básica para cidadãos que estão se dirigindo às regiões endêmicas, ou seja, áreas de risco em razão da presença de vetores.
“Não é o macaco que transmite a febre amarela, por isso, não há necessidade de extermínio das espécies. A transmissão urbana da doença infecciosa pode, eventualmente, ocorrer em qualquer país onde esteja presente o Aedes aegypti, daí a necessidade de cuidados a serem mantidos pelos profissionais atuantes nos órgãos de controle, bem como da própria população, que detém grande responsabilidade sobre a eliminação dos possíveis focos do mosquito, especialmente no verão”, diz Sá.
Ela afirma ainda que não há ocorrências que apontam para a morte de primatas em decorrência dessa doença, sendo que o último fato investigado ocorreu no último dia 23 de outubro, no município de São Cristóvão, onde vários animais da espécie Callithrix, conhecido como sagui ou mico, apareceram doentes ou mortos num condomínio localizado no Conjunto Rosa Elze. Todos os resultados foram negativos.
“As amostras foram enviadas ao Laboratório Central de Saúde do Estado de Sergipe (Lacen) e encaminhadas para outro laboratório de referência, que trouxe resultados negativos. Na ocasião do fato, informações da Diretoria de Vigilância em Saúde de São Cristóvão apontavam para a suspeita de envenenamento desses animais. Esse mesmo órgão realizou a coleta do material que foi levado ao Lacen”, explica a gerente.
Sintomas
Geralmente, quem contrai o vírus da febre amarela não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas, a exemplo de febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.
Morte no RJ
O jovem Luiz Fernando Valente Rodrigues, de 17 anos, teve morte cerebral na manhã de hoje (15), no Hospital São Francisco na Providência de Deus, no Rio de Janeiro. Ele deu entrada no hospital na noite da última quinta-feira (12) com suspeita de febre amarela, mas desenvolveu um quadro de hepatite fulminante.
A equipe médica chegou a conseguir um fígado e um jato da Força Aérea Brasileira para fazer o transplante do órgão, mas o paciente teve uma piora no quadro de saúde na madrugada de hoje o que impossibilitou a cirurgia.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, Luiz Fernando teve sangramento cerebral, o que causou um dano irreversível no órgão.