Vereador Emerson Ferreira critica valor das verbas de gabinete

 

O vereador Dr. Emerson ocupou o Grande Expediente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), nesta terça-feira, 15, para fazer uma série de questionamentos acerca da prática política no Brasil e ao mesmo tempo listar algumas razões as quais, segundo ele, são responsáveis por negar dignidade a milhares de brasileiros e comprometer o desenvolvimento do país.
 
 
Lembrando que o Brasil é uma das nações onde há maior concentração de renda e desigualdades regionais, o parlamentar afirmou que problemas enfrentados pelo povo brasileiro se devem, em parte, aos privilégios dos políticos e dos indivíduos a eles ligados. Lamentou também a ausência de democracia interna nos partidos já que, segundo ele, os partidos têm seus donos e atuam em benefício de seus interesses: “nos parlamentos, por exemplo, o que vemos são discursos vazios, posto a distância entre o que se diz e o que se prática efetivamente. Os interesses defendidos não são os interesses da sociedade”, afirmou o parlamentar.
 
 
Para Dr. Emerson, é inaceitável que as agremiações partidárias e seus representantes formulem supostas análises conjunturais como se estivessem falando em times de futebol: “a lógica de que tal time é melhor que o outro quando, na verdade, o que vemos é a manutenção de mordomias, de privilégios, que são também causadores das disparidades e dos problemas enfrentados pelo país e defendidos pelos partidos, especialmente nos últimos vinte, trinta anos. E isso em Brasília, nos estados e nos municípios”, lamentou.
 
 
Outro fator apontado pelo parlamentar para as disparidades sociais existentes, e para a falta de representatividade e descrédito da classe política nacional, é o fato da maioria dessa haver transformado tal exercício em meio de vida de pessoas desonestas, inescrupulosas, não íntegras: “as verbas de gabinetes, por exemplo, as verbas indenizatórias, representam duas, três vezes o salário do político”, criticou o parlamentar. ”
 

 

O vereador concluiu lamentando à reforma eleitoral aprovada pelo congresso, e lembrou que quase oitenta por certo da população brasileira, segundo pesquisa, posiciona-se contrária ao financiamento privado de campanhas, e que, mesmo assim, o parlamento nacional busca manter privilégios e proponha mecanismos para encobrir os financiamentos privados de campanha: “estamos perdendo uma grande oportunidade de mudar o país. A sociedade precisa reagir a isso tudo. Precisamos combater as verbas de paletó”, conclui o parlamentar.

 

Fonte e Foto: CMAJU